Como a medicina preventiva impacta na gestão da Saúde Pública

Prática permite a redução de custos com atendimentos de alta complexidade e a ampliação da qualidade de vida dos cidadãos

Como a medicina preventiva impacta na gestão da Saúde Pública

As evoluções tecnológicas na gestão da Saúde Pública possibilitam a prática da medicina preventiva, cujo princípio é proporcionar uma melhor qualidade de vida ao cidadão e, para os gestores, a redução das despesas com atendimentos de alta complexidade, diminuição de filas e otimização de recursos.

A medicina preventiva se torna realidade com o uso de tecnologias como analytics e big data, que traçam cenários e preveem demandas de atendimento. Para o cidadão, o conceito traz agilidade e proporciona mais eficiência no atendimento, seja ao evitar doenças ou realizar o diagnóstico precoce de um problema, inclusive ajudando a salvar vidas. 

Os sistemas de gestão da Saúde Pública são essenciais para o planejamento e desenvolvimento de ações de medicina preventiva, pois permitem a análise dos dados da população-alvo e grupos de referência, possibilitando o conhecimento do perfil de risco dos cidadãos atendidos. Além disso, tem o efetivo desenvolvimento de programas de promoção à saúde e prevenção de doenças, explica Neusa Pellizzer, atual gerente de Promoção à Saúde da Associação Brasileira dos Empregados em Telecomunicações (Abet) e com experiência em gestão de Saúde Pública na Asap (Aliança para a Saúde Populacional).

Para entender a medicina preventiva, a especialista acredita ser necessário pensar no que existe de mais básico e fundamental no atendimento ao cidadão.

“Fala-se do seu custo de implantação, no entanto, a maioria dos gastos públicos com internações ocorre após o agravamento de doenças que poderiam ser evitadas. Ou seja, o que acontece é uma espécie de ciclo vicioso, que gera mais custo para a gestão da Saúde Pública e menos satisfação para o cidadão.”

Segundo Victor Hugo Bigoli, professor do curso de biomedicina da Universidade Metodista de São Paulo, ter em mãos um controle completo de informações digitalizadas traz melhorias assistenciais e proporciona a prática da medicina preventiva.

“A garantia de dados fidedignos, a integração de diversas áreas da Saúde e a demanda a ser atendida facilitam as ações de promoção e prevenção, além de possibilitar em conhecer morbidades e comorbidades mais relevantes.”

Além disso, a implantação da medicina preventiva na Saúde Pública facilita também o trabalho dos funcionários, com o histórico dos cidadãos atendidos, normalmente, em condições críticas e precárias. O armazenamento de dados digitalizados gera mais rapidez ao atendimento, consequentemente aumentando a produtividade.

A prática da medicina preventiva também agrega credibilidade à gestão da Saúde Pública, facilitando a aprovação de programas de promoção à saúde. Neusa, gerente de Promoção à Saúde da Abet, ressalta outras mudanças proporcionadas pelo uso da tecnologia, na prática da medicina preventiva: 

  • O indivíduo (cidadão) sente melhorar suas condições de saúde, qualidade de vida e bem-estar;
  • O sistema de Saúde Pública consegue racionalizar os custos;
  • As empresas percebem o aumento na produtividade de seus funcionários com menores impactos causados por afastamentos;
  • As nações obtêm resultados de crescimento econômico que os altos índices de produtividade viabilizam.

Pensar em um sistema público com uma qualidade plena em todas as esferas de atendimento é um grande desafio, mas, com o uso de sistemas de gestão da Saúde Pública e a prática da medicina preventiva, é possível reduzir filas, atrasos no atendimento e erros de diagnóstico, o que já é um grande caminho percorrido em direção à satisfação do usuário. Como ressalta Bigoli: um cidadão mais consciente do que é saúde e de como obtê-la tem sua satisfação com os serviços oferecidos pelo sistema público ampliada.

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