Como a mobilidade do sistema PACS muda o trabalho do radiologista

Com o avanço da tecnologia, é possível acessar exames de imagem não apenas de computadores, mas também de dispositivos móveis, o que facilita o acesso às informações e altera rotinas de profissionais e gestores

Como a mobilidade do sistema PACS muda o trabalho do radiologista

O avanço da tecnologia possibilita diversas mudanças nas organizações de Saúde. Na medicina diagnóstica, a digitalização das informações, por meio do uso do Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and Communication System — PACS), e o armazenamento dos dados na nuvem mudam a rotina de trabalho do médico radiologista, permitindo mobilidade. Esse cenário rompe barreiras físicas e permite a elaboração de laudos a distância. 

O PACS é um sistema de armazenamento e gerenciamento das imagens médicas que proporciona acesso a todos os exames. Por meio da tecnologia da PACS, esses exames podem ser acessados de qualquer lugar, por diversos dispositivos, tais como tablets, smartphones ou computadores.

Dessa forma, o trabalho do centro de medicina diagnóstica e do médico radiologista são agilizados. A mobilidade, portanto, pode aumentar a produtividade médica e servir de apoio ao diagnóstico, já que possuir o histórico de exames de um paciente em mãos, a todo tempo e lugar necessários, permite um melhor acompanhamento de seu quadro de saúde.

 

Integração

Integrar o PACS ao Sistema de Informação em Radiologia (Radiology Information System, ou RIS) é indicado, visto que proporciona a padronização e gestão completa do centro de diagnóstico. Os médicos terão acesso aos exames e poderão avaliá-los apoiando-se a uma lista de trabalho via RIS, que opera organizando o fluxo de exames e permite, assim, o acesso de vários radiologistas a um mesmo laudo, independentemente de onde estejam.

“O que o PACS integrado ao RIS faz é o gerenciamento das imagens médicas dentro de uma mesma plataforma. São sistemas que facilitam o acesso aos exames de diagnóstico por imagem e possibilitam o uso de ferramentas de apoio para a emissão de laudos”, ressalta Gustavo Meirelles, coordenador médico do Grupo Fleury.

Segundo Meirelles, no passado, os próprios radiologistas faziam a gestão dos exames.

"Tudo em pastas e filmes impressos. Era muito mais demorado para avaliar um exame e, ao mesmo tempo, tinha-se bem mais dificuldade para comparar determinado resultado com o anterior, mais dificuldade para manipular a imagem, não conseguia alterar, entre outras funcionalidades proporcionadas pela digitalização”.

Todas essas tecnologias, aliadas à mobilidade do sistema PACS em nuvem, refletem na melhoria do atendimento e tratamento do paciente.

Questões como agilidade, precisão diagnóstica, comparação de exames, redução de custos em revelação das imagens, perda de exames impressos, vão, gradualmente, se tornando parte do passado. Segundo pesquisa realizada pela Canada Health Infoway, no Canadá — país que possui rede de atendimento radiológica 99% digital —, a melhora nos processos de trabalho e mais facilidade no acesso às imagens são citadas por 93% dos profissionais, enquanto 85% apontaram melhorias no cuidado aos pacientes.

 

Segurança

Tanto o PACS como o RIS possuem controle de extremo rigor com senhas e usuários, garantindo assim a segurança da informação.

“O sistema PACS, de modo geral, tem toda a monitoria necessária para que se saiba quem acessou, quem avaliou aquela imagem e em qual momento. Isso é muito importante para evitar que pessoas que não tenham permissão consigam ver exames de pacientes, garantindo assim o sigilo do relatório médico, mesmo com a possibilidade do acesso por meio de outros dispositivos”, explica o coordenador médico do Grupo Fleury.

Com os devidos cuidados na questão da proteção da informação, a mobilidade pode ajudar a agilizar as rotinas de trabalho e influenciar, inclusive, na rentabilidade do centro de diagnóstico, já que permite elaborar mais laudos em menor quantidade de tempo.

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