Como hospitais filantrópicos podem digitalizar processos com orçamento limitado

Entenda como hospitais filantrópicos podem implementar a transformação digital mesmo diante de restrições orçamentárias.

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A transformação digital é uma realidade cada vez mais presente na saúde, trazendo ganhos significativos em eficiência, segurança e qualidade do atendimento. No entanto, para hospitais filantrópicos, que muitas vezes operam com recursos limitados, esse avanço pode parecer distante. 

A boa notícia é que é possível iniciar a digitalização de forma estratégica, acessível e escalável, mesmo diante de restrições orçamentárias.

Neste artigo, vamos mostrar como hospitais filantrópicos podem transformar seus processos com soluções de baixo custo, aproveitando tecnologias disponíveis, priorizando etapas-chave e buscando parcerias e fontes de financiamento.

 

Por que digitalizar? Os impactos da transformação digital nos hospitais filantrópicos

Digitalizar os processos hospitalares não é apenas uma questão de modernização, mas sim de sobrevivência e sustentabilidade das instituições. A transformação digital pode gerar benefícios significativos, como:

 

  • Redução de desperdícios: com sistemas digitais, o controle de estoques, insumos e medicamentos se torna mais eficiente, evitando perdas e compras desnecessárias;

  • Agilidade nos atendimentos: a utilização de prontuários eletrônicos e agendamentos online melhora o fluxo assistencial, reduzindo filas e tempos de espera;

  • Maior segurança e qualidade: manter registros digitais diminui riscos de erro médico e facilita o acesso a informações clínicas completas;

  • Transparência e prestação de contas: implementar sistemas de gestão financeira e relatórios automatizados ajuda na transparência da instituição com financiadores e órgãos públicos;

  • Acesso a dados estratégicos: a digitalização facilita também a coleta e análise de dados, permitindo decisões mais assertivas.

Mesmo em contextos com poucos recursos, a digitalização pode ser a chave para garantir a continuidade, melhorar o atendimento e atrair novos parceiros e investimentos.

 

Desafios enfrentados pelos hospitais filantrópicos na era digital

Apesar dos benefícios, a digitalização ainda enfrenta barreiras significativas nos hospitais filantrópicos. O orçamento restrito está entre os principais desafios, uma vez que muitas instituições têm recursos financeiros limitados e dificuldade para investir em novas tecnologias.

Outra problemática é a infraestrutura precária de alguns hospitais. Esse cenário resulta na falta de conectividade devido a equipamentos antigos ou ausência de rede interna, também dificultando a implementação de sistemas digitais.

Ainda, temos a escassez de profissionais com familiaridade ou tempo para treinamentos, assim como colaboradores com resistência à mudança de rotinas. 

Esses desafios, embora reais, podem ser superados com planejamento, priorização de etapas e escolha de soluções compatíveis com a realidade da instituição.

 

Por onde começar: etapas estratégicas para iniciar a digitalização com baixo custo

Para que a transformação digital seja bem-sucedida, é fundamental começar pelas áreas que trarão mais impacto e que são viáveis com os recursos disponíveis. Veja algumas sugestões:

 

  • A implantação do prontuário eletrônico é um dos primeiros passos para a digitalização. Com ele, as informações clínicas ficam centralizadas, acessíveis e seguras;

  • Um controle de estoque informatizado reduz desperdícios e melhora a gestão de insumos e medicamentos, facilitando compras mais inteligentes;

  • Optar por uma gestão financeira digital, com ferramentas simples de controle financeiro e emissão de relatórios que ajudam na prestação de contas e no planejamento orçamentário;

  • O agendamento eletrônico elimina filas, organiza o fluxo de pacientes e permite maior previsibilidade de atendimentos.

  • É possível viabilizar a digitalização de documentos físicos, como prontuários antigos e arquivos administrativos, mesmo com estrutura mínima.

Ao priorizar essas áreas, o hospital já colhe resultados práticos e prepara o terreno para evoluções futuras.

 

Soluções acessíveis e escaláveis para modernizar processos hospitalares

Hoje, existem diversas soluções tecnológicas com bom custo-benefício voltadas para hospitais de pequeno e médio porte, inclusive filantrópicos. Entre elas:

 

  • Sistemas em nuvem que dispensam servidores locais, exigem menos infraestrutura e têm custos reduzidos;

  • Softwares modulares que permitem implantar por etapas, conforme a disponibilidade financeira da instituição;

  • Ferramentas de código aberto, como OpenMRS e GNU Health, que podem ser personalizadas sem pagamento de licenças;

  • Plataformas especializadas para o setor filantrópico,  como as soluções da MV, que oferecem pacotes adaptados à realidade de instituições sem fins lucrativos;

  • Apps de gestão hospitalar simplificados, com opções voltadas para clínicas e hospitais menores, com funções básicas para iniciar a digitalização.

Essas soluções podem ser implantadas de forma gradual, respeitando a capacidade técnica e financeira do hospital, sem comprometer a operação.

 

Automatização de processos administrativos: mais eficiência com menos recursos

A digitalização de documentos também pode trazer ganhos expressivos na área administrativa, reduzindo o tempo gasto com tarefas manuais e burocráticas. 

O agendamento de consultas e exames é um dos exemplos que podem ser automatizados com baixo custo, por meio de sistemas online ou aplicativos simples, facilitando o acesso do paciente.

Outra área beneficiada pode ser o faturamento, com sistemas que geram e enviam faturas automaticamente, evitando erros e otimizando o tempo da equipe. Relatórios gerenciais também podem ser automatizados, através de dashboards com indicadores de desempenho, financeiros e operacionais.

Por fim, a comunicação interna pode ser mais eficiente com o uso de plataformas de mensagens e agendas integradas para facilitar uma comunicação mais fluida entre setores.

Com essas automações, a equipe pode se dedicar mais ao atendimento humanizado e à gestão estratégica, em vez de atividades operacionais repetitivas.

 

Integração de sistemas: como promover interoperabilidade sem grandes investimentos

A interoperabilidade — ou seja, a capacidade dos sistemas se comunicarem entre si — é um objetivo importante da transformação digital. E mesmo sem grandes investimentos, é possível começar:

 

  • Adote padrões abertos, como HL7 e FHIR, que facilitam a troca de informações entre diferentes sistemas;

  • Utilize APIs: muitos softwares oferecem APIs que permitem integrações simples com outras ferramentas;

  • Opte por plataformas integradoras: soluções como as da MV oferecem módulos que já se conectam entre si, reduzindo a complexidade;

  • Verifique a integração com sistemas públicos, como CNES, e-SUS, SIH/SUS, que ajudam na conformidade com o Ministério da Saúde.

Gradualmente, o hospital pode ir conectando seus sistemas, garantindo uma visão mais completa do paciente e otimizando processos.

 

Fontes de financiamento e parcerias para viabilizar projetos de digitalização

Mesmo com orçamento limitado, é possível buscar recursos externos para digitalizar processos. Programas como o PROADI-SUS e o Programa Conecte SUS podem financiar iniciativas de informatização.

Recursos de emendas parlamentares podem ser direcionados para compra de equipamentos e softwares. Além disso, parcerias com universidades e centros de pesquisa podem oferecer apoio técnico, consultorias e desenvolvimento de soluções.

Doações de empresas privadas, especialmente em programas de responsabilidade social e ESG e linhas de crédito específicas para inovação, oferecidas por bancos públicos como BNDES e FINEP.

A construção de um bom projeto e a articulação com atores locais e nacionais pode viabilizar iniciativas de transformação digital mesmo sem recursos próprios.

 

Casos práticos de digitalização bem-sucedida em hospitais filantrópicos

Diversos hospitais filantrópicos no Brasil têm conseguido transformar sua operação com soluções digitais, mesmo com recursos restritos. Veja alguns exemplos inspiradores:

 

  • Obras Sociais Irmã Dulce (BA): durante a pandemia, a instituição passou a utilizar o Global Health para atender os pacientes a quilômetros de distância em oito especialidades disponíveis, além das especialidades médicas.  

Para que isso fosse possível, a OSID contou com a expertise do time de consultores da MV, que cuidaram de todo o planejamento para a identificação de quais especialidades seriam utilizadas e posteriormente a implementação da solução.

 

  • Santa Casa de Votuporanga (SP): o município foi o primeiro a adotar duas soluções da MV para integração dos dados na gestão da saúde pública: Global Health e o Personal Health. 

Juntas, as plataformas oferecem aos cidadãos e profissionais de saúde toda a informação necessária para um cuidado médico seguro e de qualidade, em qualquer unidade de Saúde de Votuporanga. 

 

  • Santa Casa de Misericórdia do Pará (PA): a organização adotou o SOUL MV como sistema de gestão hospitalar e desde então segue realizando diversos investimentos visando sua transformação digital completa. 

Atualmente, a instituição utiliza plataformas como o Vivace (RIS e PACS), Command Center, Universidade MV e soluções de seu ecossistema, como CeosGO e Green.

Esses exemplos mostram que com estratégia, parcerias e foco, a transformação digital é viável e gera resultados reais.

 

O papel da liderança e da cultura organizacional na transformação digital

Nenhuma tecnologia trará resultados sem o envolvimento das pessoas. Por isso, a liderança tem papel fundamental na digitalização dos hospitais filantrópicos.

É importante sensibilizar a equipe sobre os benefícios da tecnologia (esse é o primeiro passo para reduzir resistências), capacitar os profissionais para garantir uso efetivo das ferramentas, promover uma cultura de inovação e definir uma liderança digital dentro da instituição, ajudando a coordenar os projetos e manter o foco estratégico.

A transformação digital vai além da tecnologia: é também um processo de mudança de mentalidade, que começa com os líderes.

 

Conclusão

Digitalizar processos em hospitais filantrópicos com orçamento limitado é um desafio, mas está longe de ser impossível. Com planejamento estratégico, priorização de etapas, uso de soluções acessíveis e parcerias, é possível avançar na transformação digital sem comprometer a sustentabilidade da instituição.

A MV têm sido uma grande aliada nesse processo, oferecendo tecnologias específicas para hospitais filantrópicos, com estrutura modular, suporte técnico especializado e integração facilitada.

Conheça as soluções da MV e transforme o operacional da sua instituição com tecnologia acessível e eficiente para hospitais filantrópicos.

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