Como otimizar o intercâmbio entre operadoras de Saúde

Contratos claros sobre a responsabilidade em relação à prestação do serviço e sistemas integrados auxiliam na garantia da assistência ao beneficiário independentemente de sua localização

Como otimizar o intercâmbio entre operadoras de Saúde

Redes de operadoras de Saúde devem oferecer a mesma qualidade de atendimento independentemente da localização na qual prestam o serviço. A afirmação é de Bernard Tyson, CEO da Kaiser Permanente, operadora referência no mercado norte-americano. Mas ela também vale para o Brasil, onde a formação de conglomerados verticalizados é cada vez mais recorrente.

Alceu Alves da Silva, que já foi professor do Centro de Ciências Econômicas da Unisinos e do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde, além de ex-chefe de gabinete no Ministério da Saúde, destaca que a celebração de intercâmbios ou contratos de reciprocidade entre operadoras de Saúde é uma demanda de um mercado em expansão.

“O que vemos são grandes operadoras, instaladas em centros urbanos, que precisam fazer parcerias com organizações menores em localidades brasileiras nas quais, do ponto de vista de negócio, não é interessante manter uma estrutura maior”, comenta Alceu, atual vice-presidente da MV.

O intercâmbio entre operadoras é uma prática comum no sistema Unimed, formado por cooperativas de Saúde independentes entre si. Ao contratar um plano, o beneficiário opta por cobertura nacional, estadual ou regional. Caso a abrangência seja apenas estadual ou regional, ele terá, ainda assim, direito a tratamentos de urgência ou emergência quando estiver fora da área de cobertura, por meio da Unimed local.

O especialista afirma que, para que esses contratos funcionem na prática, tanto em Unimeds quanto em redes de operadoras, é preciso considerar dois pontos essenciais. O primeiro deles é a redução de custo. Sistemas de gestão que ofereçam controle de todas as atividades assistenciais e de backoffice, integrados entre as operadoras que compõem a rede, auxiliam na localização de gargalos que podem representar redução de custo quando são solucionados, além de minimizar o índice de glosas.

O segundo ponto essencial a ser considerado é a produtividade. Operadoras e prestadores devem trabalhar juntas para ampliá-la, pois esse fator está diretamente atrelado à redução de custos. É preciso gerir leitos, vagas para consultas, exames e procedimentos, médias de permanência, ociosidade de salas de cirurgia, entre outros itens que impactam na produtividade.

 

Comunicação

Além da automação, Alceu Alves da Silva cita que é essencial que os sistemas de gestão de operadoras de Saúde e da rede credenciada conversem entre si.

“Sem integração, informações se perdem e a gestão da rede é prejudicada, dificultando o cumprimento de itens fundamentais para garantir o atendimento de qualidade ao beneficiário.”

Para facilitar essa integração e, consequentemente, a comunicação entre as operadoras de Saúde, a padronização é um caminho apontado pelo especialista. Um exemplo é o Protocolo de Transações Unimed (PTU), do Sistema Unimed, uma coleção de regras criadas para estabelecer como os computadores de duas operadoras do modelo podem se comunicar para agilizar e reduzir custos dos processos de intercâmbio.

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Além de substituir outras formas de comunicação não eletrônica, como ligações telefônicas ou relatórios impressos, a padronização permite que as informações sejam armazenadas e trabalhadas por ferramentas de inteligência de negócios, como big data, analytics e Business Intelligence (BI), proporcionando insights de negócios que podem otimizar ainda mais os resultados e garantir melhorias também na assistência.

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