Contabilidade hospitalar inteligente diminui custos e garante sustentabilidade

Primeiro passo é planejar ações antes de direcionar recursos e esforços; sistema de gestão promove automatização de processos e prevê demanda exata de medicamentos e outros insumos

Contabilidade hospitalar inteligente diminui custos e garante sustentabilidade

Baixas remunerações dos serviços de saúde em comparação com os custos, recente crise econômica que impactou todos os setores de mercado, flutuações no câmbio que encarecem a compra e a manutenção de equipamentos, além da crescente necessidade de investimento em tecnologia são alguns dos fatores que tornam a boa gestão da contabilidade hospitalar fundamental para garantir a sustentabilidade das instituições. Porém, os 1.797 hospitais que encerraram suas atividades entre 2010 e 2017, segundo dados da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), mostram que o gerenciamento de custos ainda é um desafio. 

O primeiro passo para vencê-lo é a gestão de saúde planejar as ações antes de direcionar recursos e esforços, evitando desperdício de energia, tempo e, principalmente, dinheiro. A falta de planejamento pode ser comprovada por meio de detalhes como, por exemplo, ausência de sistematização na coleta e armazenamento dos dados, com cada departamento utilizando um sistema diferente e sem integração entre si. Isso dificulta a visão integral dos processos envolvidos na assistência e, consequentemente, amplia o risco de glosas — gerando prejuízo. 

Para evitar esse tipo de improviso, um caminho é investir em soluções de TI em saúde voltadas para a otimização do gerenciamento de custos. Elas proporcionam uma visão global dos processos financeiros e possibilitam que se faça mais com menos. 

Um sistema de gestão (Enterprise Resource Plainning - ERP), por exemplo, une todas as áreas do hospital, automatizando e interligando os processos. A tecnologia reduz as tarefas mecânicas dos profissionais do financeiro e da contabilidade, liberando mão de obra para reforçar o planejamento e o processo de auditoria das contas.

Além disso, a ferramenta integra as informações, evitando mal-entendido, erros de registros contábeis e divergências no faturamento que podem levar a glosas. Mas, para que o sistema de gestão alcance esses resultados, cada processo executado na instituição deve estar mapeado e gerenciado.

 

Equilíbrio 

A boa gestão da contabilidade hospitalar exige não somente que se olhe para os custos, mas também para o abastecimento de insumos, medicamentos e outros itens imprescindíveis para a assistência. Deve-se conhecer exatamente a demanda para comprar de forma inteligente, evitando assim duas situações opostas que podem prejudicar o atendimento ao paciente: a falta de um item essencial para a prestação do serviço ou a perda de materiais por vencimento, ocasionando prejuízo e compromete o funcionamento do hospital.

O mesmo ERP que controla as contas atua na gestão inteligente do estoque hospitalar, integrando os processos da farmácia aos do departamento de compras. Abastecida cotidianamente com os dados gerados durante o atendimento dos pacientes, a ferramenta prevê automaticamente quando, o que é preciso comprar e em qual quantidade — gerando alerta instantâneos.

Com essa visão sistêmica e integrada, torna-se mais simples encontrar os gargalos que devem ser corrigidos para evitar problemas financeiros. Assim, a instituição garante sustentabilidade a longo prazo e se mantém longe da lista de hospitais que fecham suas portas.

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