Os impactos das alterações no IDSS para as operadoras de Saúde

Entre as mudanças, que passam a valer a partir de 2018, está o peso de cada um dos quatro indicadores para a composição da nota. Adequação deve ser feita para que índice não caia

Os impactos das alterações no IDSS para as operadoras de Saúde

Em tempos de beneficiários cada vez mais conscientes e participativos em relação aos cuidados com a própria saúde, o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) ganha destaque. Conhecido como a “nota” das operadoras, foi criado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com o principal objetivo de regular a qualidade das organizações do setor no País, incentivando seu constante aperfeiçoamento.

A ANS anunciou em julho de 2017 que as regras do Programa de Qualificação de Operadoras, do qual o IDSS faz parte, passarão por modificações, que irão valer a partir de 2018. Entre as mudanças previstas, a agência destaca:

  • Revisão dos indicadores, de críticas, pré-requisitos, metas, ponderações e fórmulas de cálculo dos indicadores, utilizando como fonte de dados o padrão Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS), sempre que possível.
  • Previsão de divulgação no site da ANS com uma linguagem mais amigável para o beneficiário.
  • Revisão das ponderações entre as dimensões, reduzindo o peso da Dimensão de Gestão de Processos e Regulação (IDGR) de 25% para 10%, redistribuindo-o para as demais dimensões de forma equânime, a saber: Dimensão de Qualidade em Atenção à Saúde (IDQS), Dimensão de Garantia de Acesso (IDGA) e Dimensão de Sustentabilidade de Mercado (IDSM). Essas dimensões têm peso de 30% cada.
  • Obrigatoriedade de a operadora divulgar os resultados do PQO (IDSS geral e de cada uma das dimensões) no seu site a cada ano, até 30 dias após a divulgação pela ANS, com o link do Programa no Portal da ANS. Há previsão de multa pela não divulgação dos dados ou divulgação diversamente da previsão na regulamentação.
  • Previsão da Pesquisa de Satisfação do Beneficiário, acrescentando 0,25 pontos (pontuação-base) na dimensão IDSM. A pesquisa é voluntária e deve ser realizada conforme as diretrizes previstas em documento técnico publicado no site da ANS.

Além disso, a norma também prevê alterações nos pré-requisitos para a elegibilidade do programa, como exigência de completude mínima do TISS e de qualidade mínima nos dados do SIB (índice de qualidade cadastral). Outra mudança é que as operadoras que não enviarem os dados referentes ao ano-base 2017 para os sistemas da ANS até o dia 30 de abril de 2018 serão penalizadas.

A ANS informou ainda que identificou a necessidade das mudanças após avaliação detalhada dos resultados do IDSS 2016 (ano-base 2015). Foi constatado que um percentual considerável dos indicadores teve resultados extremamente concentrados nas faixas superiores do IDSS (acima de 0,6 e de 0,8). Percebeu-se, assim, a necessidade de que os novos indicadores melhor discriminassem o desempenho das operadoras. Ainda nesse diagnóstico, ficou evidenciado que parte dos indicadores não apontavam para a avaliação de qualidade propriamente dita, outros eram bastante inespecíficos e sem objetivo claro e outros ainda avaliavam meramente o cumprimento de normas regulatórias.

A agência destacou ainda que as modificações dos indicadores foram amplamente discutidas tanto internamente quanto com os diversos segmentos de mercado.

 

A nota

O IDSS vai de 0 a 1 sendo calculado por meio de quatro dimensões de avaliação, que consideram a qualidade em atenção à saúde, a garantia de acesso, a sustentabilidade no mercado e a gestão de processos e regulação.

A tecnologia pode ser vista como auxiliar no processo de adaptação das operadoras, já que contar com um sistema de gestão integrado facilita, entre outros aspectos, o envio das informações à ANS. Além disso, oferecer serviços da experiência digital também amplia a satisfação dos usuários porque eles percebem a facilidade, agilidade e otimização dos processos envolvidos no cuidado com sua saúde.

Ferramentas tecnológicas ainda permitem a implantação de programas de medicinas preventiva e preditiva, que têm foco na qualidade de vida dos beneficiários. Com os dados dos usuários disponíveis em sistemas informatizados, é mais fácil controlar pacientes com doenças crônicas ou ainda promover campanhas de prevenção de patologias para grupos de risco. Além disso, como os pré-requisitos para ser elegível ao programa têm como base o atendimento ao padrão TISS e a correta informação do SIB, as soluções tecnológicas ganham destaque no cenário organizacional.

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Para manter a nota IDSS alta, portanto, é preciso se adaptar às mudanças, mas também criar na operadora de Saúde a cultura do relacionamento com o cliente, muito mais que o mero atendimento. Dessa forma, é possível alcançar a excelência na prestação do serviço e a consequente satisfação do usuário, que vê sua qualidade de vida melhorar.

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