5 passos para garantir a segurança dos dados em aplicativos de saúde

Uma estratégia de segurança de dados nas instituições de saúde estabelece uma visão direcionada, fornecendo investimentos e soluções necessárias para garantir um ambiente seguro.

5 passos para garantir a segurança dos dados em aplicativos de Saúde

Com o avanço da transformação digital no setor da saúde, os aplicativos médicos e de bem-estar se tornaram parte do dia a dia de clínicas, consultórios e pacientes. No entanto, junto com essa conveniência vem um desafio crescente: como garantir a segurança dos dados sensíveis que circulam nesses sistemas?

Informações de saúde são extremamente valiosas — não apenas para o cuidado com o paciente, mas também para cibercriminosos. Por isso, proteger esses dados é uma responsabilidade compartilhada entre desenvolvedores, instituições de saúde e usuários. 

Neste artigo, você vai entender os 5 passos essenciais para garantir a segurança dos dados em aplicativos de saúde, desde a escolha da solução até práticas de uso seguro.

 

Segurança de dados em tempos de transformação digital

A digitalização da saúde trouxe muitos benefícios: agilidade no atendimento, telemedicina, integração de prontuários eletrônicos e maior autonomia para os pacientes. 

Em um cenário no qual aplicativos de saúde são cada vez mais utilizados no dia a dia das organizações, inclusive como apoio à gestão, o tema ganha ainda mais fôlego. 

“Existem vários assuntos a serem tratados, com destaque para a segurança da rede, dos servidores e da base de dados”, afirma André Luiz Perin, coordenador do curso de análise e desenvolvimento de sistemas da Universidade Metodista de São Paulo. 

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tornou ainda mais crítica a necessidade de proteger as informações de saúde, classificadas como dados sensíveis. A segurança digital, portanto, deixou de ser uma questão técnica e se tornou um fator estratégico para clínicas, hospitais e desenvolvedores de aplicativos.

A seguir, veja os cinco pontos de atenção mais importantes para garantir essa segurança.

 

Garantia do fabricante e atualizações

O primeiro passo para garantir a segurança dos dados em aplicativos de saúde é escolher soluções confiáveis, desenvolvidas por empresas que sigam boas práticas de segurança da informação.

"É importante que o usuário pesquise qual é a reputação do fabricante e se já houveram quebras de sigilos anteriores", explica o professor Wagner Sanchez, coordenador do MBA em health tech da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap).

É fundamental também verificar se o aplicativo recebe atualizações frequentes — e não apenas novas funcionalidades, mas também correções de vulnerabilidades. Sistemas desatualizados são portas de entrada para invasões.

Além disso, é recomendável optar por softwares que tenham certificações de segurança, como ISO 27001, e estejam em conformidade com normas específicas da área da saúde, como HIPAA (nos EUA) ou padrões exigidos pela ANS e LGPD no Brasil.

 

Cuidados a serem tomados pelo usuário

Mesmo o melhor sistema pode ser comprometido se o usuário não adotar boas práticas. Por isso, é essencial conscientizar equipes e pacientes sobre o uso seguro dos aplicativos de saúde.

É preciso garantir que a origem dos aplicativos seja conhecida e íntegra. “Quando o usuário for um funcionário, é desejável que ele não utilize equipamentos pessoais nas instalações da empresa para trocar informações sensíveis. Além disso, também é importante que os aplicativos não armazenem informações em equipamentos que não sejam controlados”, explica Perin.

A educação digital é um componente chave da segurança. Clínicas e consultórios devem promover treinamentos periódicos sobre o uso seguro dos sistemas.

 

Ferramentas de chat

Cada vez mais aplicativos de saúde contam com ferramentas de chat para facilitar a comunicação entre profissionais e pacientes. No entanto, se essas conversas não forem criptografadas de ponta a ponta, existe um sério risco de exposição de dados sigilosos.

Além disso, é importante que o aplicativo permita configurar regras de privacidade, como quem pode visualizar as mensagens e por quanto tempo elas ficam armazenadas. Chats médicos devem ser tratados com o mesmo nível de sigilo que um prontuário físico.

Outra dica é evitar o uso de aplicativos de mensagens convencionais (como WhatsApp ou Telegram) para conversas clínicas e compartilhamento de senhas, principalmente quando há alternativas integradas à plataforma de saúde que oferecem mais segurança.

Sanchez aconselha que os usuários fiquem atentos aos pedidos de acesso às informações.

“Eles devem ler com atenção todas as solicitações dos aplicativos e, no caso de software desconhecido, não autorizar o acesso nem incluir dados”, aponta.

 

Senhas

As senhas ainda são a primeira linha de defesa contra acessos não autorizados. No entanto, muitos usuários ainda utilizam combinações fracas ou repetem a mesma senha em vários serviços, o que compromete toda a segurança do sistema.

De acordo com o professor da Fiap, outro cuidado importante é em relação às senhas.

"É preciso conscientizar os usuários de que o uso de senhas triviais é um risco. Dê preferência a senhas que não tenham conexões com seus dados pessoais”, sugere.

Para reforçar essa proteção:

 

  • Utilize senhas fortes, com letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais;

  • Evite senhas óbvias como “123456” ou “senha123”;

  • Ative a autenticação de dois fatores (2FA) sempre que possível;

  • Troque as senhas periodicamente.

No ambiente corporativo, é recomendável utilizar um gerenciador de senhas, que ajuda a manter credenciais seguras e organizadas.

 

Proteção das contas na nuvem

Muitos usuários utilizam hoje algum tipo de ferramenta de computação em nuvem, com o acesso normalmente autorizado em todos os equipamentos utilizados pelo paciente.

“Isso facilita que alguém possa acessar o equipamento para furtar os dados. Portanto, é preciso deixar a opção de autenticação ativa para que o usuário tenha que digitar a senha sempre que for acessar o dispositivo”, explica Sanchez. 

As principais práticas incluem:

 

  • Garantir que os dados armazenados estejam criptografados, tanto em repouso quanto em trânsito;

  • Controlar os níveis de acesso de cada usuário (por exemplo, um recepcionista não deve ter o mesmo acesso que um médico);

  • Monitorar atividades suspeitas, como acessos de dispositivos não reconhecidos ou de localizações incomuns;

  • Escolher provedores de nuvem que cumpram normas de segurança e proteção de dados.

A nuvem é segura — desde que seja bem configurada. Por isso, é importante contar com suporte técnico especializado.

 

Conclusão

A segurança dos dados em aplicativos de saúde não depende apenas de um software robusto, mas sim de uma série de boas práticas adotadas por todos os envolvidos: desenvolvedores, profissionais de saúde e pacientes. 

Em tempos de transformação digital, proteger essas informações é garantir a continuidade do cuidado, a reputação das instituições e o cumprimento da legislação.

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