9 passos para a gestão em saúde preparar a instituição para uma mudança organizacional

Muitos projetos relacionados à implantação de processos ou tecnologias falham pela falta de investimento na criação de um bom plano para a gestão da mudança

9 passos para a gestão em saúde preparar a instituição para uma mudança organizacional

Realizar uma mudança organizacional exige sempre a participação de todos os envolvidos para a maximização dos resultados. Isso é verdade tanto para implementar um jeito diferente de executar um processo quanto para adotar uma nova tecnologia. É, portanto, papel da gestão em Saúde preparar a organização para esses momentos — e uma das formas de fazê-lo é aplicar os conceitos da gestão de mudanças. 

“Gestão de mudanças é um conjunto de estratégias estruturadas para detectar, implementar e controlar todas as modificações necessárias para atingir objetivos específicos e garantir que haja engajamento dos colaboradores”, explica André Chiga, médico cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Executivos (Sobramex).  

A mudança é sempre um processo desafiador para a gestão em saúde, mas, sem ela, as organizações perderiam sua vantagem competitiva e deixariam de atender às necessidades do mercado.

“Por isso eu digo que programar as mudanças antes de ser obrigado a fazê-las é sempre a opção mais inteligente”, recomenda o especialista. 

Chiga enfatiza que o processo deve ser encarado como uma oportunidade de colocar novos valores organizacionais em prática, melhorando o relacionamento com os parceiros e o engajamento com os colaboradores ao deixar a gestão por processos internos mais ágil e integrada. O modelo também auxilia, por exemplo, na adaptação à implantação de um sistema de gestão ou qualquer outra inovação em saúde — algo cada vez mais rotineiro em tempos de mudanças e transformações profundas no setor.

O especialista sugere nove passos fundamentais para que a gestão em saúde possa elaborar um plano de gestão de mudanças efetivo:  

  1. Definir o objetivo do projeto e seus resultados-chave;
  2. Mapear quais áreas serão impactadas com a mudança;
  3. Avaliar os riscos e definir ações para a minimizar cada um deles;
  4. Criar um plano de comunicação;
  5. Identificar e envolver os parceiros;
  6. Engajar os colaboradores envolvidos;
  7. Criar um plano de testes eficaz;
  8. Definir um plano de contingência;
  9. Treinar e medir as ações.

Durante o processo, o principal desafio para a gestão da saúde tende a ser a resistência das equipes à mudança. Portanto, é imprescindível prestar atenção especial a esse aspecto do planejamento.

“Quando as pessoas estão bem informadas, o processo se torna mais fácil e mais confiável, comprovando a afirmação de que a comunicação tem fundamental importância em toda e qualquer transformação”, garante Chiga.  

Resistir às mudanças é uma reação natural do ser humano já que, muitas vezes, elas podem ser vistas como aumento de carga de trabalho ou mesmo ameaça ao emprego. Nesse sentido, ações como mau planejamento, falhas no processo de mudanças, falta de comunicação e ausência de um líder confiável são fatores que podem contribuir para que essa resistência inicial seja ainda maior. Mas se todos os profissionais envolvidos participam de cada etapa e entendem os objetivos que deverão ser alcançados com a mudança, sentem-se parte do processo e tendem a colaborar mais.

Um plano de gestão de mudança eficaz é, portanto, aquele que alivia a ansiedade natural das pessoas, levando as partes interessadas a apoiar o novo processo ou tecnologia na saúde:

“A gestão em saúde precisa quebrar o paradigma da resistência e encará-la como algo que pode auxiliar o processo de mudanças. Especialmente porque essa resistência pode servir como uma ferramenta para identificar problemas e pontos de melhoria”, acredita o especialista.  

Superados esses desafios,  os resultados esperados após a implantação da gestão de mudanças são melhorias também a médio e longo prazo para a instituição. Além do ganho em produtividade e qualidade do trabalho, e ainda do aumento do engajamento e da colaboração, no futuro as equipes terão menos ansiedade relacionada ao gerenciamento de mudanças, que tendem a acontecer em menos tempo e com um risco controlado.  

“O entendimento dos fundamentos da gestão de mudanças por parte das equipes tem um impacto direto nos resultados organizacionais e facilita futuras transições que geram impactos na empresa”, garante o presidente da Sobramex.  

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