Business intelligence e business analytics: principais diferenças e quando utilizar na gestão em saúde

Juntas, ferramentas de Business Intelligence e Business Analytics ajudam as organizações a alcançar todo o potencial dos dados, produzindo informação em tempo real para apoiar a tomada de decisão

BI e BA: principais diferenças e quando usar na gestão em Saúde

O Business Intelligence e Business Analytics são dois conceitos parecidos, que tem a ver com a cultura de dados e que são importantes para a manutenção das informações, o que costuma causar dúvidas até entre gestores experientes. Entretanto, há algumas diferenças básicas entre o BI e o BA que devem ser compreendidas para que ambos sejam trabalhados corretamente na gestão em saúde.  

Nesse cenário, o Business Intelligence e Business Analytics vem se destacando como soluções indispensáveis para otimizar processos, melhorar a qualidade dos serviços e reduzir custos. Mas qual a diferença entre essas ferramentas, e como escolher a abordagem ideal para sua instituição?

Neste artigo, exploramos o papel de cada uma, suas aplicações na gestão hospitalar e como juntas podem potencializar os resultados.

 

O Business Intelligence e seu papel na saúde

O Business Intelligence se refere ao processo de coleta, organização, análise e apresentação de dados para apoiar a tomada de decisão. Sua principal função é transformar grandes volumes de dados em informações úteis e fáceis de interpretar por meio de relatórios, dashboards e visualizações gráficas.

BI é todo e qualquer processo ou ferramenta que permite uma melhor tomada de decisão para o negócio olhando para os dados que já existem. Por isso, ele ajuda a responder perguntas como: ‘O que aconteceu?’ e ‘Por que aconteceu?”, explica Cesar Ripari, diretor de pré-vendas da Qlik na América Latina.

Quando trazemos a tecnologia para a área da saúde, o BI desempenha um papel importante ao oferecer insights para:

  • Monitoramento do desempenho operacional;
  • Identificação de gargalos em processos hospitalares;
  • Controle de estoque de insumos médicos;
  • Análise de indicadores financeiros e clínicos.

Com um sistema de BI, gestores podem visualizar taxas de ocupação em tempo real, identificar unidades com maior demanda ou avaliar o tempo médio de internação. Essas informações permitem agir de forma rápida e eficiente para corrigir problemas e aprimorar serviços.

 

A importância do Business Analytics e sua análise preditiva na gestão hospitalar

Enquanto o BI é mais focado no que já aconteceu, o Business Analytics (BA) vai além ao prever o que pode acontecer no futuro. O BA utiliza estatísticas avançadas, algoritmos e machine learning para identificar tendências e padrões nos dados.

“Penso que é impossível para qualquer empresa hoje — e em especial na Saúde — avançar sem o analytics porque ele traz respostas muito mais rápidas e que podem levar a ideias e insights que a gestão em saúde normalmente não teria”, conta Ripari.

Na gestão hospitalar, o BA é essencial para:

  • Prever surtos de doenças ou aumento na demanda por leitos;
  • Antecipar necessidades de recursos humanos e materiais;
  • Personalizar tratamentos com base no histórico e perfil do paciente;
  • Reduzir readmissões hospitalares por meio de análises preditivas.

Ao analisar dados históricos, o BA pode prever um aumento sazonal na demanda por UTI, permitindo que a instituição se prepare adequadamente, contratando mais profissionais ou ajustando estoques de medicamentos.

 

Diferenças essenciais entre Business Intelligence e Business Analytics

Apesar de ambos trabalharem com dados, BI e BA possuem abordagens e objetivos distintos:

 

Aspecto

 Business Intelligence (BI)

 Business Analytics (BA)

Foco:

 Passado e presente 

 Futuro

Ferramentas:

 Relatórios e dashboards

 Modelos estatísticos e algoritmos

Objetivo:

 Monitorar e entender cenários atuais

 Identificar tendências e prever eventos

Complexidade:

 Geralmente mais intuitivo

 Requer conhecimento técnico avançado

 

Na prática, o BI é ideal para gerar relatórios consolidados e garantir o controle diário das operações. Já o BA é mais eficaz para solucionar questões complexas e fazer previsões estratégicas.

 

A sinergia entre BI e BA para uma gestão de saúde mais eficiente

Embora diferentes, BI e BA não são excludentes. Pelo contrário, suas funcionalidades se complementam, criando um ciclo completo de análise e melhoria contínua. Ripari é quem responde melhor:

“A boa união acontece quando há um rápido poder de processamento da máquina de um lado, que consegue ver todas as possibilidades, mas há também um ser humano altamente intuitivo do outro lado, que toma as decisões com base nos dados e em sua própria experiência. Essa é a melhor interação em prol do negócio.” 

No caso da gestão em saúde, as aplicações dessas ferramentas são inúmeras e podem identificar tanto a saúde do paciente quanto a saúde financeira da instituição, como exemplifica o especialista:

“Existem indicadores que olham a saúde do paciente [como o quanto ele está doente, por qual tipo de procedimento passou, qual foi o resultado do procedimento etc.] e criam um conjunto de estudos que, futuramente, pode ser aplicado em outras pessoas. Mas há também outros que ajudam o hospital a entender de forma rápida o gerenciamento de sua cadeia de suprimentos para que ocorram melhorias nos processos. São informações como tempo de internação, média de dias de internação em busca de desvios, etc.”

Para tirar o maior benefício do uso conjunto de BI e BA, é recomendado ter uma equipe que, além de conhecer tecnicamente as ferramentas, saiba como todo o processo é feito.

“Ter uma equipe interna capaz de identificar esses processos é fundamental para o sucesso da preditividade. Portanto, é importante motivar os profissionais de saúde a se tornarem mais analíticos”, sugere Ripari.  

Assim, ao entenderem como os processos podem ser melhorados, a gestão em saúde pode seguir para a sua automatização e, assim, garantir que as decisões sejam tomadas de forma cada vez mais rápida.  

 

Como escolher a abordagem certa para a sua instituição de saúde

A escolha entre BI e BA depende dos objetivos e da maturidade analítica da sua instituição.

  • Quando optar por BI?
    Se sua instituição ainda está começando a usar dados na gestão e precisa de uma visão clara do que está acontecendo no momento, o Business Intelligence é a escolha ideal. Ele ajuda a estabelecer indicadores-chave de desempenho (KPIs) e a otimizar processos básicos.
  • Quando optar por BA?
    Se sua organização já possui uma boa estrutura de dados e deseja ir além, o Business Analytics oferece a capacidade de planejar o futuro com base em análises preditivas e prescritivas.
  • Por que não ambos?
    Para instituições que desejam se destacar no mercado e alcançar a excelência operacional, a combinação de BI e BA é indispensável. Juntos, eles garantem uma visão completa: do diagnóstico à prescrição de soluções.

 

Avalie as necessidades da instituição e combine ferramentas

Integrar BI e BA não apenas aumenta a eficiência da gestão hospitalar, mas também possibilita uma abordagem mais proativa, capaz de responder aos desafios de forma ágil e eficiente.

Investir em ferramentas analíticas é fundamental para a saúde moderna. Ao entender as diferenças e as potencialidades de ambas as tecnologias, os gestores hospitalares podem tomar decisões mais assertivas, melhorar a eficiência dos serviços e atender melhor seus pacientes. 

Avalie as necessidades da sua instituição e comece agora a explorar o poder dos dados para transformar a gestão em saúde.

 

 

Notícias MV Blog

;