Como o ChatGPT promete revolucionar a saúde nos próximos anos?

2023 foi o ano em que mais se falou de ChatGPT e não é por menos. Trata-se de uma revolução.

Como o ChatGPT promete revolucionar a saúde nos próximos anos? 

Alguns estudos indicam que, a partir desta inteligência, a internet que conhecemos mudará completamente. Mas, como isso modificará a saúde?  

Segundo o especialista Andrey Abreu, Diretor Corporativo de Tecnologia da MV, as inteligências artificiais têm se mostrado muito úteis para auxiliar em tarefas mais burocráticas e no apoio à tomada de decisão, podendo executar tarefas rotineiras, capturar uma vasta quantidade de informações qualificadas e gerar insights.

“Na saúde o uso de IA pode ter variados usos, na criação de hipóteses diagnósticas, por exemplo, auxiliando os médicos na tomada de decisões complexas, ou na medicina de precisão, fazendo testes de compatibilidade de um medicamente ao DNA do paciente para identificar possíveis efeitos adversos”, comenta.

 

Mas, do que se trata realmente o ChatGPT? 

De maneira geral, o Chat foi liberado para usuários testarem massivamente a ferramenta, como recurso de busca para pesquisas de geração de textos automatizados, ancorados na base do que já há na internet. O básico: ele processa dados e textos.

Na saúde, os processos hospitalares e dados de pacientes também podem ser beneficiados de diversas maneiras por haver um fluxo de informações muito relevante. Então, o trabalho mecânico de cruzar dados pode ser processado pela AI enquanto o médico se concentra no atendimento inteligente e humanizado. ‍Embora pareça futurista, as AIs não são tão recentes.

“Temos casos de uso de IA na saúde há vários anos para identificação de sepse (infecção generalizada) e análise de material genômico de tumores por exemplo, mas o momento nunca foi tão propício e certamente veremos uma explosão do uso de IA na Saúde em breve, principalmente no apoio à rotina médica”.

 

A‍s AIs representam algum perigo?

Se acompanharmos as revoluções industriais ao longo dos tempos, veremos uma quebra de paradigmas e um grande ganho em cada uma delas. Claro que, romper barreiras e irromper certezas gera toda uma preocupação, pelo especialmente desconhecido e da hipótese ficcional da substituição do ser humano por uma máquina. Com o IA não difere, teremos muitas atividades hoje realizadas por humanos que poderão ser facilitadas com o uso de inteligências:

“Contudo, existe uma grande limitação e sempre será necessária a interpretação humana. O que precisamos é aproveitar da melhor forma possível essa nova revolução e evoluir nosso mindset para esses novos tempos, fazendo o melhor proveito dessas tecnologias”, frisa Abreu. 

 

Cenário Futuro

Algoritmos de inteligência artificial são utilizados há décadas para executar tarefas e rotinas, automatizando fluxo, portanto, a ideia de máquina pensante é ainda da década de 50 e está vinculada ao matemático Alan Turing. Embora tenham se passado 70 anos, apenas agora surgiu uma inteligência artificial mais próxima da inteligência humana, que possa analisar e tomar decisões mais complexas.  

Na área da saúde, esse cenário se configura com a análise de imagens para detecção de doenças, no campo da medicina diagnóstica:

“... e também já é possível contar com IAs que identificam células cancerígenas em uma foto de celular ou até algoritmos que analisam a progressão ou regressão de um câncer pulmonar”, revela Abreu. “As tecnologias para realizar algo mais avançado já existem, o que precisamos é torná-las viáveis, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista de legislação e cultura”.

Estamos nos aproximando da Medicina de Precisão, formatando tratamentos e diagnósticos mais personalizados, aumentando significantemente as chances de cura de doenças complexas sem a necessidade de submeter o paciente a procedimentos invasivos para a longevidade.

“As tecnologias estão evoluindo para ser apoio, agilizar os diagnósticos, reduzir erros, mas, por muito que estejam próximas de imitar o comportamento humano, sempre precisaremos de seres humanos para dar o último toque, ter uma intuição e tomar a decisão final”, conclui o especialista.

 

Confira quatro pontos relevantes para as AIs na Saúde:

 

Dados processados com inteligência

A vantagem do ChatGPT é a capacidade de cruzar e analisar dados dos pacientes. Enquanto os exames estão sendo feitos e sintomas avaliados, a AI cria hipóteses diagnósticas para facilitar o diagnóstico, que sempre será validade por um profissional. 

 

Clusterização 

O ChatCPT também pode ajudar na organização das alas hospitalares, de acordo com idade, queixa médica ou qualquer outro parâmetro cadastrado. É como se ele pudesse cadastrar os pacientes por categorias, diminuindo burocracias.

 

Diminuição de situação adversa 

As projeções apontam que situações adversas podem ser diminuídas porque o ChatGPT pode armazenar dados do paciente e dar uma assistência mais assertiva ao médico, podendo relembrá-lo do histórico médico, alergias, medicações e procedimentos anteriores, entre outros. 

 

Assistência direta ao paciente 

O ChatGPT também pode ajudar o paciente a tirar dúvidas sobre seu estado de saúde, sintomas e mais, além de direcionar para o agendamento de consultas e mais. 

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