A utilização de métricas e indicadores é essencial para a otimização de sistemas hospitalares, proporcionando uma gestão mais eficiente, segura e orientada por dados.

Entregar uma gestão hospitalar eficiente depende de um monitoramento constante de desempenho por parte das instituições de saúde, que permite identificar pontos de melhoria e garantir um atendimento de qualidade aos pacientes. 

Tido como um dos maiores mestres do gerenciamento de qualidade no mundo todo, William Edward Deming dizia que “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia”.

Nesse contexto, o uso de métricas e indicadores é essencial para a tomada de decisão baseada em dados. Com sistemas hospitalares modernos, é possível coletar, analisar e interpretar essas informações de forma ágil e assertiva.

Dessa forma, preparamos um artigo para explicar a necessidade da gestão de indicadores para melhorar a gestão hospitalar. Continue sua leitura e confira!

O que são indicadores de desempenho

Indicadores de desempenho são ferramentas de mensuração utilizadas para avaliar a eficiência, a qualidade e a produtividade dos processos hospitalares. Eles permitem um acompanhamento sistemático das atividades, fornecendo dados concretos para tomada de decisão e melhoria contínua.

No contexto hospitalar, esses indicadores ajudam a identificar falhas operacionais, otimizar o uso de recursos, reduzir custos e aprimorar a experiência do paciente. Eles podem ser utilizados para medir diferentes aspectos da gestão, desde a capacidade operacional da instituição até a qualidade dos serviços prestados.

Os indicadores de desempenho são geralmente classificados em categorias como indicadores operacionais, financeiros e clínicos, permitindo uma avaliação abrangente do funcionamento do hospital.

Em que etapa a inteligência operacional entra nesse gerenciamento

A inteligência operacional entra em ação ao transformar os dados coletados pelos sistemas de informação em insights valiosos para a tomada de decisão. Esse processo envolve a utilização de dashboards interativos, relatórios detalhados e análises preditivas para antecipar problemas e propor soluções eficientes. Dessa forma, a gestão hospitalar pode se tornar mais proativa e eficiente.

Principais indicadores de desempenho hospitalar

Os indicadores de desempenho (ou de performance) no âmbito hospitalar são fundamentais na verificação da eficiência dos processos internos.

• Quão distante do ideal está o fluxo de atendimento na recepção?
• Qual o tempo médio de espera de cada paciente até a passagem pela enfermaria?
• Quais são os profissionais mais eficientes?
• Que lacunas de produtividade estão impedindo o hospital de ser mais ágil e dinâmico nos atendimentos?
• Qual a relação entre custo e benefício na compra de cada medicamento?

Essas e outras muitas questões só podem ser avaliadas por meio de referenciais de performance, que nortearão mudanças de escalas, otimização de rotinas, implementação de soluções de TI em saúde e assim por diante.

Os indicadores de desempenho hospitalar podem ser classificados em diferentes categorias, cada uma focada em aspectos específicos da gestão hospitalar:

Indicadores operacionais

• Taxa de ocupação hospitalar: mede a relação percentual entre o trânsito diário de pacientes e a quantidade de leitos no mesmo período;
• Tempo médio de permanência: calcula o tempo médio dos dias em que os pacientes ficam internados no hospital;
• Taxa de satisfação dos pacientes: referencial que ajuda os gestores hospitalares a compreenderem os níveis de satisfação dos pacientes em relação ao atendimento e à eficiência da assistência prestada;
• Eficiência administrativa: avalia o custo dos processos administrativos e seu valor agregado à instituição, visando reduzir o impacto financeiro do workflow por prontuários eletrônicos, agendamento on-line, sistemas de comunicação com operadoras de planos de saúde e assim por diante.

Indicadores financeiros

• Retorno sobre investimento: potencialmente o mais importante índice financeiro para qualquer instituição, o ROI analisa a geração de valor do hospital por força de cada investimento realizado;
• Margem operacional: relação entre o lucro operacional e a receita líquida do hospital que diagnostica a rentabilidade ou o lucro da instituição com os serviços prestados;
• EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization): são os lucros antes da incidência de juros, impostos, depreciação e amortização, métrica financeira que purifica os resultados da organização, mostrando o lucro apenas em relação ao negócio, descontando qualquer ganho financeiro extra (como com alugueis ou derivativos, por exemplo) e retirando os impostos e quaisquer efeitos financeiros.

Indicadores clínicos

• Índices de infecção hospitalar: relaciona o percentual de casos de infecções hospitalares em relação ao número de altas durante um determinado período;
• Taxa de mortalidade hospitalar: relação entre número de óbitos e total de pacientes internados no hospital;
• Taxa de readmissão por insuficiência cardíaca: analisa o volume de reinternações de pacientes em decorrência de insuficiência cardíaca em até 30 dias da alta, com exceção das reinternações devidamente programadas.

Quais as vantagens do uso dos sistemas de informação na gestão de métricas e indicadores

O uso de sistemas de informação hospitalares na gestão de métricas e indicadores traz inúmeros benefícios, como:

• Precisão na coleta de dados: a digitalização dos processos reduz erros manuais e garante dados mais confiáveis;

• Automatização de relatórios: a geração automática de relatórios e dashboards permite uma visão clara e organizada do desempenho hospitalar;

• Melhoria na tomada de decisão: com informações atualizadas em tempo real, gestores podem agir rapidamente para corrigir falhas e melhorar processos;

• Aumento da eficiência operacional: a integração de diferentes setores do hospital possibilita uma melhor alocação de recursos e redução de desperdícios;

• Segurança e conformidade: os sistemas garantem o armazenamento seguro de dados e ajudam a instituição a seguir normas regulatórias, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e protocolos de saúde;

• Melhoria na experiência do paciente: a otimização dos processos administrativos e clínicos resulta em atendimentos mais ágeis e eficazes, elevando a satisfação dos pacientes;

• Redução de custos: o uso inteligente dos dados permite identificar áreas de alto gasto e propor medidas de economia sem comprometer a qualidade dos serviços prestados.

O uso de indicadores hospitalares na busca pela excelência nas instituições

Para conseguir realizar uma avaliação institucional de qualidade, o centro de saúde depende de um trabalho integrado entre gestão de informações de excelência e tratamento por um sistema hospitalar de alta performance. 

Com o suporte de sistemas de informação modernos, os hospitais podem melhorar sua performance operacional, financeira e clínica, garantindo um atendimento de qualidade e maior satisfação dos pacientes.

Esse certamente é o ponto de partida para remodelar a visão de assistência à saúde de simples estabelecimento de atendimento serial para um verdadeiro centro de valorização da vida!