Saúde reinventada: uma jornada de inovação e tecnologia

Um panorama de inovação e tecnologia com o cientista chefe da TDS Silvio Meira, que trouxe para o encerramento do primeiro dia do MEF o cenário da IA e do figital nas instituições de saúde.

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Silvio Meira encerra o primeiro dia do MEF 2024 debatendo sobre a saúde do futuro e de que forma ela será realizada por meio da inovação e tecnologia.

O convidado, que é Cientista Chefe da TDS Company trouxe uma reflexão sobre a experiência figital como modelo de inovação tecnológica para o novo mercado e como ela pode ser melhor implementada com a ajuda da inteligência artificial dentro das instituições de saúde.

Destacamos a seguir os principais destaques da palestra de encerramento do primeiro dia. 

 

A definição de inovação no mercado atual

Silvio Meira, que também é professor emérito da UFPE inicia sua fala sobre tecnologia trazendo uma provocação das definições efêmeras do contexto de inovação existentes no dia de hoje. A resposta para ela se encontra na definição estrutural da palavra, como fez Peter Drucker em 1970 quando disse que “Inovação é a mudança de comportamento de agentes, no mercado, como fornecedores e consumidores de qualquer coisa”.

“Essa definição não fala de tecnologias ou de plataformas, obviamente que na década de setenta não tinha internet mas ele também não fala de mainframes, de processamento de dados, nada disso” explica Silvio.

O que ele queria falar naquela época era simples, do comportamento do mercado. As inovações que estamos vendo hoje, em todos os campos imagináveis, são baseadas pela internet. A internet hoje, diferentemente daquele contexto, forma conexões de aprendizado, transformando dados em informações e inovação para vários setores, inclusive o da saúde.

A internet possibilita que as outras plataformas criem um ambiente figital, onde o real e digital se convergem e redefinem como os negócios realizam suas performances nos espaços competitivos (mercado). 

Meira também fala sobre a criação de comunidades e a transformação de mercados a partir do fim dos canais de comunicação, que modifica o público em redes e a audiência em comunidades, o que acaba por gerar um ambiente de crise em instituições que não tenham esse controle.

Em um determinado momento, Silvio apresenta seu novo livro Marketing do Futuro: Um Método Para Resolver Desafios de Marketing em Mercados e Plataformas, em conjunto com Rosário de Pompéia, onde falam sobre os desafios em incorporar estratégias e inovações que respondam diretamente às demandas emergentes de um mercado em constante evolução.

O livro também mostra como as dimensões físicas, digitais e sociais convergem em um espaço figital, a importância das plataformas digitais e como os efeitos da internet redefinem as estratégias de marketing, assim como moldam as novas dinâmicas do mercado. 

 

A inteligência artificial no contexto de inovação de mercado

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma das forças mais transformadoras no contexto da inovação de mercado. Sua capacidade de processar grandes volumes de dados, aprender com eles e tomar decisões complexas em tempo real está impactando diversos setores e criando novas oportunidades para empresas que desejam se destacar no ambiente competitivo.

Em sua publicação chamada Inteligências Individual, Social e Artificial ( Um Novo Espaço Estratégico Para Criar, Colaborar e Agir), Meira propõe também 7 princípios básicos sobre como a IA deveria ser utilizada para inovar em todos os mercados:

 

  • Reconhecimento da tríade das inteligências;
  • Respeito a inteligência individual;
  • Promoção da inteligência social;
  • Uso responsável da inteligência artificial;
  • Interação ativa entre as três inteligências;
  • Posicionamento inovador;
  • Promoção da ética digital.

 

Tendo em mente esses princípios, ele aborda os níveis (9) de capacidade para inteligência artificial, junto com a inteligência humana, nas organizações de saúde:

 

  • Inteligência descritiva: O que está acontecendo?
  • Inteligência de diagnóstico: Por que está acontecendo?
  • Inteligência preditiva: O que provavelmente acontecerá?
  • Inteligência prescritiva: O que devemos fazer?

 

Os 4 primeiros, segundo Silvio, são ainda mais interessantes pois podem ser alcançados pelas instituições que mais investirem em inovação até o final dessa década.

 

  • Inteligência para decisão: IA auxilia na tomada de decisão;
  • Inteligência aumentada: IA toma decisões com humanos;
  • Inteligência autônoma: IA toma decisões;
  • Inteligência adaptativa: IA aprende e evolui estratégias;
  • Inteligência estratégica: IA define e executa as estratégias.

 

Quando levamos isso para o contexto da saúde, temos uma mudança do sistema reativo que conhecemos para o sistema proativo, que promove sua saúde e hábitos de vida saudáveis, evitando o adoecimento do indivíduo ao invés de apenas tentar melhorar quando estiver doente.

Essa não é uma tarefa simples, pois demanda integração total de plataformas e ecossistemas nas instituições de saúde. A democratização do desenvolvimento de soluções, unida a experiência figital são algumas das aliadas para facilitar esse processo de transição e levar a descobertas mais rápidas de outras soluções envolvendo cuidados de saúde. 

 

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