4 mudanças na rotina médica com o uso de aplicativos de saúde

Entenda como soluções móveis voltadas para o ambiente hospitalar agilizam a assistência e otimizam a rotina da equipe, trazendo resultados para os pacientes e a instituição como um todo

4 mudanças na rotina médica com o uso de aplicativos de Saúde

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Em meio à 
pandemia do coronavírus, o uso de aplicativos móveis cresceu 25% no terceiro trimestre de 2020, batendo a marca de 180 bilhões de horas utilizadas a cada mês entre julho, agosto e setembro, segundo levantamento da consultoria App Annie. No Brasil, há mais de um smartphone por habitante, segundo dados de 2020 da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Portanto, não é de se espantar que aplicativos de saúde também ganhem relevância nesse cenário. 

Mais do que conveniência, a mobilidade proporcionada pelos apps de saúde otimiza a rotina do médico, com reflexos diretos na qualidade da assistência e nos resultados da instituição. É o que argumenta Roberto Zambelli, coordenador da ortopedia e traumatologia da Rede Mater Dei. Ele cita 4 mudanças que o uso de um aplicativo traz para a atividade médica:

 

1 - Informações do paciente na palma da mão

Os aplicativos de Saúde para médicos permitem que o profissional acesse os dados do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) de qualquer lugar, antes, durante ou depois de uma consulta, ou internação. Para Zambelli, essa disponibilidade de informações agiliza a assistência e mesmo o trato com os demais integrantes da equipe, já que o médico tem na palma da mão tudo o que precisa saber sobre um determinado indivíduo, seja para entender quais medicamentos foram tomados, que procedimentos foram realizados e até mesmo que integrantes da equipe tiveram contato com ele.

 

2 - Acesso a exames de imagem

O acesso a imagens médicas via Sistema PACS (sigla do inglês Picture Archiving and Communication System, ou Sistema de Comunicação de Imagens Médicas) durante, por exemplo, um atendimento a beira-leito, é uma funcionalidade que apoia a tomada de decisão. Isso porque, conforme o especialista, esses dados podem ser combinados com outras informações disponíveis nos aplicativos de saúde, proporcionando um quadro completo do indivíduo que necessita de cuidados sem a necessidade de acessar diversos computadores ou até mesmo papelada.  

"Um dos grandes gargalos que enfrentamos diariamente [durante um atendimento] é obter o máximo de informações da forma mais fácil possível. Dados vitais, exames laboratoriais, exames de imagem, quando tudo está canalizado dentro de uma mesma ferramenta, a assistência é facilitada”, destaca Zambelli.

 

3 - Garantia de segurança da informação 

Zambelli lembra que o acesso aos dados do paciente é geralmente feito em um ambiente médico controlado — o que, por vezes, restringe a mobilidade das informações e cria barreiras ao atendimento.

"Quando você está fora da instituição ou não possui um computador disponível, fica rendido. Já com um tablet ou um aplicativo, o ganho de agilidade é evidente, ao mesmo tempo em que se garante a segurança dos dados porque o ambiente controlado é expandido, mas com os mesmos cuidados", comenta sobre uma questão fundamental, especialmente após a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em setembro de 2020.

 

4 - Gestão por dados 

No cenário da Saúde Digital, Zambelli afirma que as informações provenientes de aplicativos de saúde podem ser somadas às demais para garantir uma gestão por dados eficientes, inclusive com o uso de inteligência artificial, auxiliando a tomada de decisão também no nível dos negócios.

"Se essas informações forem qualificadas e estruturadas, podemos entender que, na minha instituição, um determinado grupo de pacientes evoluem melhor com determinada terapia, por exemplo", diz.

Assim, é possível decidir pela implantação de um protocolo clínico, otimizando a assistência e evitando desperdícios de tempo e recursos com resultados menos efetivos.  

Os aplicativos em saúde podem trazer, ainda, funcionalidades como o acompanhamento de sinais vitais de pacientes, a gestão completa do fluxo de trabalho das equipes médicas, a checagem de novos pacientes durante um plantão, entre outros. Com o avanço da tecnologia, têm potencial para se transformar em um cockpit completo para o gerenciamento da rotina médico-hospitalar.

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