Modalidades de diagnóstico por imagem e as principais ferramentas para otimizá-las
Evolução de tecnologias aplicadas à medicina diagnóstica auxilia o trabalho dos profissionais e aumenta a segurança dos pacientes quanto ao tratamento de diversos tipos de doenças
O diagnóstico por imagem é uma realidade no setor de saúde desde o início do século XX. Como a maioria das tecnologias do mundo moderno, teve uma aceleração por volta da década de 1950, principalmente por conta do avanço das pesquisas na área de óptica e tecnologia da informação (TI). Esse desenvolvimento tecnológico, que evolui cada dia mais rapidamente, já permite, por exemplo, a visualização de vasos sanguíneos e até a reconstrução em 3D de estruturas, ampliando a assertividade dos exames.
Conheça as principais técnicas de diagnóstico por imagem:
- Radiografia simples: Os raios-X foram descobertos no fim do século XIX e, desde então, a tecnologia vem evoluindo. Cada parte do corpo humano absorve de maneira diferente os raios, criando uma diferenciação em 2D. Os equipamentos podem ser fixos ou portáteis e também digitais ou analógicos;
- Radiografia contrastada: Utiliza um composto químico radiopaco para permitir a visualização de estruturas específicas. O composto é administrado no local desejado e os raios, emitidos no momento ideal. Existem três tipos de radiografia contrastada: articular, REED (sigla em inglês para radiografia de faringe, esôfago, estômago e duodeno) e enema opaco;
- Angiografia: É parecida com a radiografia contrastada, mas nela os raios-X são emitidos para visualização do fluxo da rede vascular do paciente;
- Mamografia: Versão da radiografia para as mamas. A principal diferença é que os raios utilizados vem da interação com o metal molibdênio, com menos impacto para o paciente. O exame é considerado padrão ouro para o rastreamento de câncer de mama em mulheres de todas as idades e em mamas de todas as densidades, permitindo a detecção de nódulos ainda não palpáveis no exame clínico;
- Tomografia computadorizada: Combina emissão de uma maior quantidade de raios-X organizados para criar uma imagem computadorizada do local;
- Tomografia por emissão de pósitrons: Conhecida pela sigla PET CT, utiliza pósitrons para gerar imagens em 3D ou em cortes para identificar maior área metabólica;
- Densitometria óssea: Análise de todo o esqueleto por emissão de baixa quantidade de raios-X para identificar densidade óssea;
- Ressonância magnética: Utiliza radiação não ionizante e magnetismo para movimentar átomos no corpo e gerar imagem no computador. É usada para estudo muscular, articulações e encéfalo;
- Ultrassonografia: Emite ondas sonoras de alta frequência para criar imagens. Pelo efeito doppler, é possível criar imagens em 3D;
- Medicina Nuclear: Utiliza princípios radioativos para criar imagens dos mais diversos locais do corpo, permitindo a avaliação do funcionamento e do metabolismo.
Tecnologia
Independentemente da modalidade de exame indicada, o Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and Communication System — PACS) proporciona facilidade de acesso às imagens, agilizando o trabalho dos radiologistas. A inteligência artificial é uma das inovações que podem ser incorporadas ao sistema PACS, além de ferramentas de reconhecimento de voz e reconstrução de imagens, por exemplo.
O reconhecimento de voz possibilita que o profissional possa se concentrar em apenas uma função, já que o laudo é gravado e transcrito pela máquina. Entre as demais ferramentas estão a Reconstrução Multiplanar (MPR), que permite outros planos de visualização a partir de uma única série: Projeção de Intensidade Máxima, Mínima e Média (MIP/mIP/Média), que atenua a intensidade das estruturas para manipular imagens de tomografia; e 3D, que proporciona visão tridimensional do exame.
Com essas e outras tecnologias, o diagnóstico por imagem, que já é um dos principais apoios na tomada de decisão clínica, torna-se ainda mais assertivo e confiável em benefício do paciente.