Passo a passo para implantação do PACS com inteligência artificial no centro de medicina diagnóstica

São muitas as aplicabilidades da tecnologia para otimizar processos e resultados na radiologia digital e, portanto, é fundamental planejar quais serão utilizadas para, de fato, otimizar a rotina

Passo a passo para implantação do PACS com inteligência artificial no centro de medicina diagnóstica

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O Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and Communication System —
PACS) dotado de inteligência artificial otimiza a rotina do médico radiologista em diversos contextos, servindo tanto para agilizar a elaboração do laudo quanto como apoio na tomada de decisão sobre o diagnóstico. Mas, para que seu uso traga resultados, também, para a gestão do centro de medicina diagnóstica, é preciso ir além da mera adoção da tecnologia e repensar quais nichos específicos o recurso pode melhorar. 

“São muitos os usos da inteligência artificial na radiologia digital, por isso o primeiro passo para implementar a tecnologia é definir as áreas de maior necessidade de cada centro de medicina diagnóstica. Entre os vários exemplos possíveis, o que eu mais uso na minha rotina é a priorização das filas para que o médico possa laudar em primeiro lugar todos os exames que estiverem mais alterados”, explica Bruno Hochhegger, coordenador médico do departamento de imagem na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Além dessa possibilidade, há outras em uso e igualmente importantes, como a segunda leitura que a inteligência artificial faz para os exames de mamografia.

“Esse é um recurso que pode ser bastante útil, principalmente nesse tipo de exame em que não é incomum pequenas alterações passarem despercebidas a olho nu. Com o uso da inteligência artificial no PACS sempre que o radiologista liberar o resultado como normal, a tecnologia fará uma nova checagem para confirmar se está correto”, conta Hochhegger.  

O especialista cita ainda outro subproduto da inteligência artificial no PACSa pré-leitura de resultados antes que o radiologista finalize o laudo:

“Essa utilidade é importante em locais como a UTI, onde o paciente faz o exame de emergência e a tecnologia pode ajudar na tomada de decisão do médico clínico.” 

Diante do grande número de aplicações, cada centro de medicina diagnóstica deve escolher as que melhor se aplicam à sua própria realidade, sempre considerando aquilo que deixa a rotina radiológica mais ágil e acurada para o paciente e com menos possibilidade de erros para o radiologista. Com esses dois pontos como foco, os resultados financeiros aparecem em forma de agilidade e acuracidade, além do fato de posicionar o centro de medicina diagnóstica como uma instituição de excelência no mercado.

Confira o passo a passo para o gestor de centro de medicina diagnóstica que deseja usar com plenitude a solução:

 

1 — Invista tempo no planejamento

Bons exemplos para o uso da inteligência artificial no PACS não faltam, portanto, antes de ponderar implementar o recurso, vale a pena avaliar todo o portfólio de aplicabilidade e escolher as funções que melhor atendem às necessidades do seu centro de medicina diagnóstica.

Isso significa considerar a vocação da instituição, ou seja, se ela é especializada ou generalista, se atende público mais idoso ou de diversas idades, além de aspectos como número de atendimentos/dia, perfil epidemiológico da população assistida, entre outros. Em seguida, é fundamental mapear todos os processos envolvidos na assistência para saber quais deles podem ser otimizados pela IA, e traçar metas para todos que serão acompanhadas de perto na fase de pleno funcionamento da solução.

 

2 — Ouça as equipes e capacite todos os profissionais 

A começar pelo planejamento, é fundamental a participação das equipes em todas as etapas da implementação da tecnologia, para que elas se sintam acolhidas e ouvidas no processo de mudança.

“O médico radiologista já usa a inteligência artificial há algum tempo, portanto não deve haver muita resistência por parte deles, mas é sempre importante que todos os profissionais envolvidos percebam o verdadeiro poder dessa tecnologia e se capacitem, até para evitar erros”, reforça Hochhegger, pontuando ser importante lembrar que a inteligência artificial sempre necessita de validação ampla, pois sua acurácia muda de região para região.

 

3 — Determine um período de testes

Antes da mudança começar a valer, planeje um período para que as equipes testem a ferramenta, mas sempre com mensuração de resultados. Essa atitude ajuda a criar confiança na inteligência artificial e a engajar as equipes.

“Mas lembre-se que cada mudança no software necessita de revalidação interna”, diz o especialista.

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4 — É hora de mudar a rotina de vez

É chegada a hora da aplicação propriamente dita na rotina do centro de medicina diagnóstica.

“O esperado é que ela traga agilidade no fornecimento dos laudos e mais qualidade na avaliação dos resultados”, destaca Hochhegger.  

A recomendação após a fase de implantação é monitorar o uso da tecnologia por meio da criação de indicadores de desempenho, garantindo assim mudanças de rotas necessárias para alcançar os resultados estabelecidos na fase de planejamento. 

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