RIS e PACS: como evitar interrupção dos serviços

Monitorar todo o fluxo do diagnóstico de imagem remotamente é uma solução viável para prevenir e solucionar as falhas que interrompem a jornada do paciente e afetam a reputação da instituição

RIS e PACS: como evitar interrupção dos serviços

Por Fábio Moreira, gerente de Serviços — Medicina Diagnóstica da MV

Manter o fluxo de um setor de diagnóstico por imagem sem interrupções é um dos grandes desafios da gestão da medicina diagnóstica. Com várias tecnologias interligadas e sistemas e soluções diferentes sendo usados simultaneamente, cada um com um entendimento próprio do processo, a possibilidade de algo dar errado é realmente grande. Mas não precisa ser assim.

Em tempos de radiologia digital, o monitoramento remoto de todo esse fluxo, que vai da entrada do paciente pela recepção até o recebimento do laudo, além de ser viável, pode acontecer forma terceirizada, a partir de processos automatizados e da observação atenta de indicadores feita por uma ferramenta capaz de diagnosticar rapidamente as falhas e encontrar soluções imediatas para resolver o problema em questão.

Isso é muito importante, pois quando essas falhas são monitoradas ativa e preventivamente, os erros não aparecem na ponta, quando o paciente chega para buscar o seu exame e percebe que ele não está liberado. Com isso, a qualidade e a reputação da instituição permanecem intactas, bem como a satisfação do profissional de Saúde e do próprio paciente que participaram de toda a jornada, garantindo a entrega de mais valor em Saúde.

A terceirização do serviço de gestão do ambiente de diagnóstico por imagem é viável e ainda ajuda a reduzir os custos da operação, já que é possível automatizar os fluxos para monitorar preventivamente possíveis falhas que paralisem os serviços. Para entender como a tecnologia ajuda a evitar problemas no fluxo resultantes em interrupção dos serviços, é preciso conhecer bem os pontos onde algo pode dar errado. Vamos lá.

 

Um longo fluxo

Tudo começa na área de recepção, onde o paciente chega e se identifica para receber a autorização do seu exame de imagem. O procedimento é feito dentro do HIS, o Sistema de Informação Hospitalar, na sigla em inglês, que gera o pedido de exame e inicia a jornada do paciente no diagnóstico por imagem.

Enquanto isso acontece, uma lista de trabalho (worklist) que inclui o nome dos pacientes do dia, os exames a serem realizados e outros dados importantes, já está sendo gerada para o técnico que conduzirá os exames e pode ser visualizada diretamente do equipamento. Isso é importante para que a rastreabilidade de cada exame seja mantida e a imagem capturada possa ser associada corretamente ao item da worklist daquele dia de trabalho.

A partir desse ponto começa o que chamamos de jornada da imagem. Todas aquelas geradas durante o dia no equipamento seguem diretamente para o RIS [Radiology Information System], onde estão armazenadas todas as informações referentes ao paciente e ao laudo, e para o PACS [Picture Archiving and Communication System], responsável pelo armazenamento e distribuição da imagem em si. Ambos sistemas contam com suas respectivas identificações para garantir a segurança em radiodiagnóstico.

Até agora, observe que existem três sistemas diferentes neste fluxo: HIS, RIS e PACS. Mas a trajetória da imagem não acaba aqui, pois ela ainda precisa ser distribuída até seus destinos.

No prontuário eletrônico do paciente (PEP), por exemplo, já dá para ver o laudo e as imagens. Ou, então, o laudo é gerado e armazenado no RIS e PACS e pode ser impresso em papel, gravado em um CD ou DVD ou até em uma película radiológica. Outra possibilidade é o acesso via portal de exames, tanto pelo paciente quanto pelo médico solicitante.

Bem, deu para perceber a quantidade de etapas dessa (longa) trajetória entre o paciente chegar ao centro diagnóstico para fazer um exame e receber o resultado — e, sim, várias falhas podem acontecer nesse conjunto de integrações e soluções tecnológicas.

 

Monitorar é prevenir

Para evitar as falhas resultantes na interrupção dos serviços, um profissional chamado administrador do PACS, ou PACS Admin, é fundamental. É ele — ou sua equipe, em algumas instituições — o responsável por observar atentamente todo o fluxo, em busca de dados alterados ou falta de parametrização que resulte em paradas não programadas do fluxo.

Esse não é um trabalho fácil, pois para poder monitorar, ele precisa ser detentor de uma série de conhecimentos técnicos, que vão desde os softwares HIS, RIS e PACS, até equipamentos eletromédicos, banco de dados e camadas de integração, impressões e PEP. Atuar nessa área não é para qualquer um. Tanto que é difícil encontrar profissionais com esse perfil completo no mercado. É aí que a tecnologia pode ajudar — e de várias maneiras.

Monitorar indicadores de falhas com automação é uma delas, pois os dados coletados em tempo real podem prevenir que uma interrupção aconteça por falta de espaço em disco, por exemplo. Outro ponto é que dá para prever as atualizações de sistema e evitar que eles paralisem por essa razão. Mais um benefício é o uso de EAD para a capacitação das equipes e a garantia de que o conhecimento e a informação serão sempre atualizados e ficarão perpetuados na instituição.

A grande vantagem em ter uma ferramenta que monitora ativamente os indicadores que podem interromper os serviços de diagnóstico por imagem é justamente prevenir que uma paralisação aconteça. Com essa garantia, dá até para a gestão da medicina diagnóstica parar de investir tempo e recursos em solucionar problemas e partir, de fato, para implementar as inovações disponíveis na área.

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