Projeto Idoso Bem Cuidado: saiba o que é e como ele impacta as operadoras de saúde

É de conhecimento geral que a população brasileira tem envelhecido nas últimas décadas.

Projeto Idoso Bem Cuidado: saiba o que é e como ele impacta as operadoras de saúde

É de conhecimento geral que a população brasileira tem envelhecido nas últimas décadas. Segundo estudo do IBGE, já em 2030, a população de brasileiros com idade a partir de 60 anos será, pela primeira vez, superior ao número de crianças com até 14 anos. 

Quando falamos sobre a saúde do idoso no Brasil, a tentativa é sempre de explicar onde está a solução para um problema que afeta às duas pontas de uma complicada relação jurídica. De um lado, as operadoras de planos de saúde não conseguem dar conta dos altos custos com exames, internações e consultas feitas por esse perfil de beneficiário, culminando em mensalidades pouco acessíveis a quem vive apenas da aposentadoria. Do outro lado, tais custos acabam expulsando os idosos do sistema privado, que retornam à rede pública — já sobrecarregada. Os altos custos assistenciais se mantêm.

Se os altos custos assistenciais são sinônimos de degradação na saúde do idoso e também na saúde financeira das operadoras, certamente há algo de errado na abordagem do acolhimento e na prestação de assistência a esse perfil. Com base nessas reflexões é que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vem propondo um novo modelo de atenção à saúde na terceira idade: o Projeto Idoso Bem Cuidado promete trazer bons resultados tanto para as operadoras quanto para os beneficiários do sistema.

Quer saber mais sobre a iniciativa? Então basta acompanhar nosso post de hoje!

 

Tirando os olhos da doença para focar na saúde

projeto proposto pela ANS parte da constatação de que os planos de saúde são usados, em geral, apenas com fins curativos, o que não evita o desenvolvimento de doenças e ainda encarece a prestação de saúde por parte da operadora. Além disso, o que se observa é que os idosos ficam praticamente largados no sistema privado, consultando-se com inúmeros especialistas ao mesmo tempo, sem usufruir de um acompanhamento global, que enxergue a saúde do indivíduo de forma sistêmica.

O Projeto Idoso Bem Cuidado se opõe ao conceito de fragmentação diagnóstica, apoiando-se na ideia de integralidade de análise. Isso é possível por meio da abordagem inicial centralizada por um médico e um enfermeiro de referência, que acompanhará todos os passos daquele beneficiário, tendo à sua disposição ferramentas tecnológicas que agregarão informações clínicas de longos anos, facilitando diagnósticos e permitindo, pela via da prevenção, enxergar possíveis riscos que podem agravar a saúde. Passa-se, assim, a combater fatores críticos antes que se tornem doenças efetivas.

 

Entendendo o papel das operadoras nesse projeto

As operadoras são os agentes centrais dessa mudança de perspectiva. A proposta da ANS é que os planos criem estruturas (tais como centros de cuidados geriátricos) que disponibilizarão médicos e enfermeiros de referência para acolher os beneficiários, oferecendo direcionamento em vez de deixá-los soltos, consultando-se simultaneamente com geriatras, neurologistas, pneumologistas, reumatologistas e outros profissionais. Já pensou se todos eles prescrevem medicações distintas, sem qualquer tipo de diálogo entre si?

O novo modelo está previsto para ser iniciado ainda neste semestre, na forma de projeto-piloto. Contará, nessa primeira fase, com 15 organizações, entre operadoras e hospitais. A iniciativa foi desenvolvida pela agência reguladora ao avaliar estatísticas que indicam que as operadoras de planos de saúde podem entrar em colapso financeiro nos próximos anos, caso não mudem sua forma de prestação de serviços ao idoso.

E essa previsão nada animadora é facilmente justificada: atualmente temos 23 milhões de brasileiros acima de 60 anos, dentre os quais 26% (6 milhões) estão no sistema privado de saúde. Entretanto, estima-se que a população da terceira idade alcançará incríveis 65 milhões até 2050, representando milhões de novos idosos entrando a cada ano no cadastro de beneficiários de planos de saúde.

Com os serviços de assistência cada vez mais caros, a necessidade de implementações constantes de novas tecnologias e o aumento da expectativa de vida, investir em prevenção e controle de dados clínicos por meio de registros eletrônicos se torna condição imprescindível para as operadoras garantirem vida longa no mercado, e é isso que o Projeto Idoso Bem Cuidado pretende estimular.

 

Acompanhando de perto a saúde dos beneficiários

Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina revelou que o país tinha, em 2014, apenas mil geriatras. Isso significa mais de 20 mil idosos para cada profissional! Já o número de especialistas em gerontologia é ainda menor: são cerca de 300 profissionais em todo o Brasil — sendo que, em muitos estados, não há nenhum especialista cadastrado.

Esse déficit de profissionais qualificados aumenta a necessidade das operadoras investirem em tecnologia, formando parcerias com prestadores para uso de recursos da telemedicina e implementação de sistemas de gestão que congreguem informações clínicas atualizadas dos beneficiários. Assim, o desenvolvimento de ações para evitar que riscos se tornem doenças graves é significativamente facilitado.

A falta desse acompanhamento das operadoras explica (em boa parte) as atuais dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas do setor, que acabam gastando milhões de reais para cobrir internações que poderiam ser evitadas por meio de estímulo à medicina preventiva. Sua operadora já considerou, por exemplo, conceder descontos aos beneficiários que atuam em uma perspectiva de prevenção?

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Informatizando sua operadora de plano de saúde

Quando se trata de saúde do idoso, celeridade é a palavra de ordem. Se sua operadora tem um complexo de autorização de exames e procedimentos médicos, atrasando tais liberações, isso aumenta também o risco de ser responsável por complicações na saúde de seus beneficiários, o que pode culminar em óbitos, além de inúmeros (e milionários) processos judiciais por indenizações.

Atualmente, existem no mercado sistemas de gestão em saúde para operadoras que conseguem automatizar a análise de documentos em procedimentos de baixa complexidade, liberando os auditores da empresa para analisar com maior acuidade e rapidez os pedidos mais complexos. Se quiser descobrir dicas fundamentais para aumentar a produtividade da sua operadora, baixe nosso e-book sobre o tema neste link!

Tais soluções ainda automatizam processos de comissionamento de vendedores e empresas corretoras, aumentam a eficiência da equipe no cadastro de beneficiários, reduzem falhas humanas na impressão de cartões dos planos, automatizam reajustes contratuais, garantem maior agilidade na emissão de guias, entre muitos outros benefícios que agregarão valor aos beneficiários, além de melhorar a performance financeira da empresa.

Isso sem falar na possibilidade de ter todos os registros clínicos de cada beneficiário para análise por meio de sistemas de análise preditiva, gerando relatórios sobre fatores de risco e possíveis ações para a melhoria da saúde de cada beneficiário. Esse acompanhamento, no caso de idosos, pode ser fundamental para viabilizar a redução de custos por parte das operadoras.

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