4 cuidados do cadastro de beneficiários do IDSS das operadoras

Informações atualizadas são importantes para manter o índice da operadora entre os melhores, e a tecnologia pode ser grande aliada na organização dos dados

4 cuidados do cadastro de beneficiários do IDSS das operadoras

Criado em 2007 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Programa de Qualificação da Saúde Suplementar visa avaliar a qualidade do serviço das operadoras de Saúde por meio do Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS). O objetivo é melhorar na qualidade dos planos de saúde oferecidos à população brasileira. O índice é medido por fatores que traduzem a qualidade da atenção à saúde prestada ao beneficiário, à garantia de acesso aos serviços contratados, à sustentabilidade no mercado e à gestão de processos e regulação sendo dividido em cinco faixas de notas: 

  • Faixa 1: entre 0,8 e 1,0;
  • Faixa 2: entre 0,6 e 0,79;
  • Faixa 3: entre 0,4 e 0,59;
  • Faixa 4: entre 0,2 e 0,39;
  • Faixa 5: entre 0 e 0,19;

 

O Sistema de Informações de Beneficiários (SIB)

O cadastro é registrado pelas operadoras de planos de Saúde no Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) sendo composto por três grupos de informação: identificação pessoal do beneficiário, de endereço e informações contratuais. Esses dados devem estar sempre atualizados. Resumidamente, o SIB é uma obrigação mensal onde as Operadoras de Plano de Saúde informam à ANS a movimentação de beneficiários da competência anterior (inclusões, alterações, desligamento, mudanças contratuais e reativações).

No fim de outubro de 2018, a ANS lançou a campanha "SIB de Qualidade", para reforçar a importância e incentivar as operadoras de planos de saúde a qualificarem o cadastro de beneficiários. A ideia é diminuir a discrepância das informações armazenadas no setor, além de ajudar as instituições a melhorarem seus indicadores de qualidade de assistência. Esses dados cadastrais geram informações auxiliando em decisões da ANS e impactam, além do IDSS, na Taxa de Saúde Suplementar (TSS).

Para a agência, a qualidade das informações é essencial, portanto, qualquer inconformidade é um problema.

"Quanto melhor for a qualidade dos dados cadastrais, mais facilidade a operadora terá no que se refere à previsibilidade das obrigações que tem a cumprir. Portanto, é fundamental que as empresas do setor registrem de forma correta e completa no sistema os dados do plano e de seus beneficiários. O aprimoramento dos dados cadastrais também favorece o consumidor no momento da escolha do plano de saúde, já que a ANS disponibiliza para consulta em seu portal a Avaliação de Desempenho das Operadoras", explica Rodrigo Aguiar, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS.

 

Itens de atenção

O cadastro de beneficiários das operadoras de planos de saúde impacta, direta e indiretamente, em 14 dos 28 indicadores que compõem o IDSS. Assim, mantê-lo atualizado e com informações completas e corretas traz maior fidelidade dos resultados dos indicadores à realidade da operadora, além de garantir processos bem definidos e o respeito ao direito dos beneficiários. Mas quatro itens têm efeito direto na avaliação da operadora de Saúde: 

  • Índice Composto de Qualidade Cadastral: Um dos indicadores de qualidade do IDSS que quantificará o quão fidedignas estão as informações do cadastro de beneficiários. Quanto maior a qualidade dos registros, melhor será o resultado do indicador e mais impacto positivo na nota final;
  • Consulta pública: As informações inseridas no SIB são disponibilizadas para consulta pública. Se a operadora não cumprir as obrigatoriedades do cadastro, ela perde pontos no indicador “Gestão de processos e regulação” que, dentre outros, afere o cumprimento das obrigações técnicas e cadastrais das empresas junto à ANS; 
  • Má gestão: Não fornecer ou omitir as informações de beneficiários, além da falta de atualização dos dados cadastrais, informações fraudulentas e o não cumprimento do envio nos prazos estabelecidos, constituem infrações previstas em norma da ANS, que pode ocasionar multa ou até mesmo a suspensão do cadastro da operadora de Saúde; 
  • Produtividade: Quanto melhor a qualidade dos dados, maior é a nota, portanto, o posicionamento da operadora de Saúde com a ANS. Isso ocasiona menos erros nos envios à agência e exige menos intervenções da operadora no banco de dados — o que, por sua vez, otimiza recursos e afeta diretamente no desempenho do departamento responsável.

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Tecnologia

As tecnologias de gestão para operadora de saúde otimizam o trabalho de coleta e armazenamento de dados. Claro, é importante lembrar que somente a ferramenta não adianta se os processos operacionais da instituição não estiverem claros e bem definidos. O software para operadora deve automatizar o envio ao SIB, evitando processos manuais e antevendo possíveis críticas que serão aplicadas durante o processamento do arquivo pela ANS. 

A partir da aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) as operadoras terão mais uma preocupação, o qual é a segurança no armazenamento e envio desses dados. Novas tecnologias podem ajudar nesse cuidado. Mas a clareza dos processos operacionais é o primeiro passo para que a instituição se mantenha nas regras e com o cadastro do SIB atualizado, aumentando assim sua nota do IDSS.

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