5 dicas para agilizar diagnósticos em urgências com o PACS

Tecnologia é fundamental na integração dos processos de medicina diagnóstica ao prontuário eletrônico, facilitando o trabalho do médico e aumentando a eficiência da assistência

5 dicas para agilizar diagnósticos em urgências com o PACS

A agilidade e assertividade proporcionadas pelo Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and Communication System – PACS) fazem com que a ferramenta seja indicada para otimizar diagnósticos em situações de urgência. Para tanto, porém, não basta a tecnologia disponível. É preciso planejamento e estratégia voltados para esse fim.

Um ponto crucial para que o sistema de imagens médicas seja utilizado para melhorar a assistência em emergências é a integração com as demais tecnologias do hospital, em especial com o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Dessa forma, os profissionais de Saúde entendem as particularidades de cada paciente, o que otimiza, por exemplo, a aplicação de metodologias como o protocolo de Manchester. 

John Paul Hempel Lima, professor e coordenador do MBA em Health Tech da FIAP, destaca outras cinco dicas que agilizam diagnósticos com o uso do sistema PACS:

  • Implementação de sistemas em nuvem: Seu uso facilita o acesso a laudos de exames e imagens associadas de cada paciente, por meio do nome/sobrenome, documento ou registro hospitalar. Uma tecnologia baseada em nuvem elimina problemas com a velocidade ligada ao hardware e também é garantia de segurança, se tiver, claro, um servidor confiável;
  • Uso de inteligência artificial e machine learning: Essas ferramentas permitem fazer diagnóstico por comparação de imagens e ainda trazem rapidez e ampliação da qualidade de imagens de ressonâncias magnéticas, por exemplo. Elas conseguem obter e cruzar dados com agilidade e eficácia, tornando o diagnóstico mais assertivo;
  • Adoção de dispositivos móveis e apps dedicados: usar aplicativos que organizam e aumentam a velocidade do fluxo de dados é uma técnica eficaz para tornar a assistência em casos de urgência mais dinâmica;
  • Valorização do profissional: A utilização de algoritmos para comparação de imagens armazenadas em bancos de dados para diagnósticos médicos, por exemplo, não elimina o trabalho desses profissionais, mas serve de complemento, tornando-o muito mais consultivo que meramente operacional. Afinal, mesmo com toda a tecnologia, a validação do médico ainda é exigência legal na medicina diagnóstica.
  • Processos claros: Nenhuma tecnologia é eficaz se não vier acompanhada de processos operacionais que facilitem o fluxo das informações. Ou seja, é necessário que o gestor engaje e treine os profissionais para usarem as tecnologias mais disruptivas disponíveis. Dessa maneira, o processo de diagnóstico é mais ágil.

 

Implementação

A grande complexidade na implementação de um modelo de assistência a urgências está no investimento que deve ser feito para a aquisição e integração das tecnologias ao PACS e, principalmente, na mudança de mindset dos colaboradores. Prever, prevenir, colaborar e personalizar a medicina só é possível com a adoção de tecnologias exponenciais e mudança de mentalidade de todos os atores envolvidos.

O especialista destaca a importância — e necessidade — de sistemas integrados para o melhor funcionamento, em especial nas urgências.

"A integração dos sistemas da instituição é o que possibilita a utilização de novas tecnologias para otimização dos processos. Portanto, sem essa integração não se consegue a otimização que é fundamental em casos extremos como as emergências."

O especialista lembra também que a responsabilidade pelos dados dos pacientes é das instituições, o que  deve ser levado em conta no compartilhamento de informações.

"As organizações precisam garantir a segurança dos dados, impedindo acessos não autorizados e qualquer forma de vazamento, pois caso ocorra algum extravio de informações que cause prejuízo ao titular da informação, a entidade é obrigada a comunicar a pessoa e poderá ser responsabilizada por eventuais danos causados."

A nova lei de proteção de dados brasileira prevê desde multas até o impedimento da utilização do banco de dados. As tecnologias estão cada vez mais presentes na medicina diagnóstica, não só no exame em si, mas também na gestão dos dados. O que antes era feito de maneira demorada, com pilhas de papéis, agora é agilizado com um clique.

Essas facilidades ligadas ao sistema de imagens médicas, quando interligadas com ferramentas disruptivas, podem fazer a diferença, nas urgências, entre a vida e a morte do paciente.

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