Capacitando profissionais para alta performance: o novo patamar para sua instituição de saúde

Muito ouvimos sobre os impactos nos negócios, na forma de prestar serviços associados a saúde, o poder das novas tecnologias.

Capacitando profissionais para alta performance: o novo patamar para sua instituição de saúde

Transformação digital, saúde digital, mundo digital. Todos lemos e ouvimos estes termos com muita freqüência em palestras, artigos, vídeos. Muito ouvimos sobre os impactos nos negócios, na forma de prestar serviços associados a saúde, o poder das novas tecnologias. Aqui exploraremos a transformação digital em relação ao aspecto humano da saúde.

Como o profissional da saúde, seja ele da área assistencial, seja da área administrativa é afetado pelas novas alternativas de aprendizagem? Como estas novas alternativas podem ser alavancadas pela Transformação Digital?

 

A capacitação no segmento de saúde

Ninguém discute a importância e necessidade de capacitar um profissional que exerce funções críticas antes dele exercer seu papel.

Isto vale para o piloto de avião que precisa passar por horas de vôo em pequenas aeronaves com supervisão direta de um instrutor, acumular várias horas antes de um vôo solo, depois mais horas em simuladores até conquistar proficiência e provar que pode pilotar uma aeronave maior. Também deveria valer para a recepcionista da urgência de um hospital, para a enfermeira da UTI, para o médico gestor do centro cirúrgico.

Por que uma organização que fabrica aço ou cerveja, forma seus principais profissionais com extensos e abrangentes programas de trainee que duram anos, enquanto a maior parte das organizações de saúde ainda exige somente o diploma acadêmico como requisito para ocupar uma posição? Uma das explicações pode ser o modelo de negócios que impera no segmento, onde os próprios profissionais com maior especialização — enfermeiros e médicos — financiam sua especialização e obtém o retorno posteriormente, com taxas de atendimento mais altas ou evolução salarial.

 

Novidades na disciplina de educação corporativa

É importante respeitarmos o contexto de cada disciplina quando falamos das inovações e melhorias que a transformação digital pode nos proporcionar. Na área de educação corporativa, o grande cuidado é garantir que as inovações nesta área — que não são poucas — estejam no radar de qualquer organização envolvida com a área de saúde.

Dividimos estas novas tendências que podem ajudar na formação de um time de alta performance em algumas categorias: Conceitos, Tecnologias e Metodologias. Longe da pretensão de ser uma lista exaustiva, apenas trazemos algumas práticas que podem beneficiar instituições de saúde em busca do alto desempenho.

No post de hoje, abordaremos alguns destes novos conceitos que podem ser implementados hoje em sua instituição.

 

Conceito 70/20/10

Em pesquisas recentes, milhares de profissionais de alto desempenho do mundo inteiro, apontaram qual item que mais contribui para a sua formação no trabalho.


O resultado do estudo, surpreendente em vários aspectos:

  • 10% do que se usa, vem de treinamentos e programas estruturados de desenvolvimento (aprendizagem formal);
  • 20% vem da colaboração com outros profissionais e;
  • 70% através da experiência prática — fazendo e aprendendo.


Estes números indicam objetivamente que a prática é fundamental, pois, quanto mais estruturada for a formação, quanto maior o nível de colaboração entre os profissionais, melhor será o desempenho do colaborador.

Testemunhamos em muitas instituições, um processo de treinamento de novos colaboradores que reside apenas em treinamento no trabalho (OJT – On the job training) onde o colaborador com mais proficiência nas tarefas ensina o recém-contratado. 

Neste caso, estamos forçando que toda a aprendizagem venha da colaboração com outros profissionais, gerando muitas vezes, um ambiente onde a cada nova contratação, baixamos a produtividade dos mais experientes, gerando um clima de contra-colaboração. O que deveria ser algo espontâneo torna-se um fardo e perde a efetividade. Teremos mais um colaborador que poderá dar a desculpa do “eu não sabia”, na operação.

 

Conceito Flipped Classroom ou Sala de Aula Invertida

Há muito tempo ouvimos dos profissionais de saúde o “tédio” presente em sessões de treinamento onde o tempo é gasto com um instrutor discursando por horas usando uma apresentação eletrônica (o famigerado powerpoint) para um grupo de pessoas.

Ao conversar com as equipes responsáveis em organizar os treinamentos nos hospitais, também ouvimos que juntar vários profissionais no mesmo local, em simultâneo, tem sido cada vez mais difícil.

Uma nova tendência é inverter a equação — esta é a inversão da sala de aula: usar o tempo ANTES de o encontro presencial para repassar todo o conteúdo teórico, enquanto o tempo DURANTE o treinamento é usado para exercícios em grupo, com feedback constante dos instrutores e dos próprios alunos.

Assim as sessões presenciais de treinamento tornam-se mais curtas, interessantes e proveitosas.

 

Conceito da arquitetura de aprendizagem

Implementar uma Arquitetura de Aprendizagem significa definir como sua instituição valoriza e organiza o conhecimento necessário para operar. Definir uma estratégia, passa por responder a um rol de questionamentos:

  • Qual a estratégia para compartilhar conhecimento que só existe dentro da sua instituição? Por exemplo, processos e métodos que só existem no seu hospital, só podem ser explicados pelos próprios líderes destes processos.
  • E os conhecimentos comuns a todo segmento? Serão comprados no mercado, ou também serão desenvolvidos internamente?
  • A equipe de treinamento (ou time que gerencia esta atividade) definiu qual a trilha de capacitação para os papéis críticos? Quais são os treinamentos, qual sequência, como será validado o conhecimento destes profissionais, etc?
  • Como a certificação do conhecimento impacta a carreira do colaborador Seja como um pré-requisito para movimentação de pessoal, seja como um fator de diferenciação deste profissional.

 

Conceito de alinhamento estratégico com o negócio

Uma frase que pode resumir este tipo de comportamento é: “Pensar grande, começar pequeno e entregar rápido”. 

Será que realmente precisamos ter todas as formações mapeadas, antes de começarmos a agir? Precisamos definir todos os papéis e requisitos de treinamentos para todos os cargos e perfis de atuação?

Para ilustrar como o alinhamento com o negócio pode ajudar neste aspecto, apresentamos um breve estudo de caso.

Nosso caso é um hospital, cujo conselho de administração traçou como diretriz estratégica, melhorar a sustentabilidade financeira da instituição. Os gestores da instituição, desdobraram esta diretriz e elegeram como prioridade, o centro cirúrgico, que através de um projeto de melhoria, gerará margem de contribuição 30% maior que a anterior.

A equipe de educação corporativa, após uma avaliação bem conduzida, constatou que a construção de trilhas de aprendizagem, contendo os conhecimentos essenciais dos papéis do centro cirúrgico (corpo médico, enfermagem e administrativo), seria a melhor opção para certificar os atuais colaboradores.

Além disso, seria aplicada a todo novo colaborador que fosse eventualmente contratado.

Neste exemplo, uma lição fica clara: defina uma prioridade, um piloto, uma prova de conceito que seja fácil de medir em termos de esforço e de resultados. Assim você poderá construir o “Business Case” para toda instituição.

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