Como a anatomia patológica pode acelerar diagnósticos em seu hospital?

Diagnósticos bem realizados, rápidos, precisos e elucidativos são fundamentais para o sucesso de qualquer hospital. Por isso é que novas tecnologias são recursos sempre muito bem-vindos por instituições de saúde que almejam se transformar em referência.

Como a anatomia patológica pode acelerar diagnósticos em seu hospital?

Como exemplos de inovações revolucionárias podemos citar as metodologias de sequenciamento de DNA e RNA de nova geração, que permitem investigar doenças hereditárias, assim como a avaliação aprofundada da causa de doenças por meio de testes em tecidos e fluidos retirados do corpo.

Esse cenário explica por que os hospitais brasileiros investem cada vez mais em laboratórios de anatomia patológica e em centros de diagnósticos de alta tecnologia que auxiliam na precisa identificação de doenças infecciosas, inflamatórias e tumores de todas as espécies. Quer entender como a anatomia patológica pode acelerar diagnósticos em seu hospital? Então acompanhe nosso post de hoje:

 

O que é anatomia patológica?

A anatomia patológica é um ramo da patologia e da medicina incumbido de diagnosticar doenças por meio do exame macroscópico de peças cirúrgicas e análises microscópicas utilizadas para o caso de estudos analíticos de células e tecidos. O setor de anatomia patológica analisa todos os materiais removidos em intervenções cirúrgicas, tais como materiais de punções, biópsias, necropsia de fetos, natimortos, entre outros.

Além disso, o segmento também pode ser responsável pela realização de exames de imuno-histoquímica, desenvolvidos no intuito de melhorar a acurácia diagnóstica, sobretudo no caso de identificação de células cancerígenas. Essa investigação científica é, muitas vezes, responsável por formar o ponto de partida para definir o melhor tipo de tratamento a ser realizado.

Como ela torna o hospital mais resolutivo e confiável?

Os hospitais que investem em centros de diagnóstico de anatomia patológica costumam fomentar uma dinâmica de trabalho focada na investigação multidisciplinar, já que os profissionais da área de patologia, em geral, atuam em consonância com outros especialistas, dando uma visão 360º das condições clínicas do paciente. Essa peculiaridade, por si só, já contribui para o alcance de diagnósticos mais precisos, significando menor chance de erros médicos.

Esse estudo das lesões para definir as doenças que as originaram resulta em maior velocidade na entrega de resultados, maior rapidez para o início de tratamentos, menor tempo de internação (por força do acompanhamento mais aprofundado dos médicos, que disporão de melhores informações dos pacientes) e, por consequência, menor tempo de fila de espera em todos os pontos do fluxo de atendimento hospitalar. Definitivamente, algumas despesas não são gastos, são investimentos com altíssimo retorno para as finanças e a credibilidade da instituição.

Diante de todas essas mudanças no fluxo de trabalho de hospitais, centros de diagnóstico e setores de diagnóstico por imagem, não é difícil perceber que a anatomia patológica se reflete rapidamente nos indicadores de qualidade das instituições. O uso desses indicadores de qualidade, aliás, vem sendo muito valorizado na gestão dos laboratórios clínicos e dos hospitais do país, no intuito de otimizar a qualificação e a quantificação das falhas nos diferentes processos de trabalho, além de auxiliar na formulação de soluções corretivas e preventivas.

A assertividade das pesquisas na área de anatomia patológica contribui sensivelmente para mudanças positivas aos indicadores de performance das instituições de saúde do país, reduzindo custos e aprimorando a excelência na prestação de serviços.

 

O que o patologista deve levar em consideração?

Por mais que não haja tempo a perder quando o assunto é salvar vidas, um hospital não pode se dar ao luxo de cometer erros por pura pressa. Assim, as instituições de saúde que se utilizam da análise de apoio de uma equipe de médicos patologistas, auxiliada por equipamentos de alta tecnologia (como os microscópios japoneses de ponta, baseados na transmissão de elétrons e que conseguem realizar observações em nível atômico), podem tirar proveito de exames citológicos de líquidos orgânicos, punções aspirativas, exames de peças cirúrgicas e avaliação de reações histoquímicas e imuno-histoquímicas para enxergar nuances que exames tradicionais não conseguem captar.

Para o bom êxito do trabalho desses profissionais, algumas fases na coleta e análise dos materiais devem ser seguidas fielmente. A verificação da requisição dos exames (identificação do paciente e do médico responsável, identificação do material e condições de coleta) é o primeiro passo na atuação desses especialistas. Em seguida, a fase de acondicionamento do material é essencial para a validade das pesquisas, já que as amostras devem ser identificadas, alocadas adequadamente e enviadas ao laboratório o mais rapidamente possível.

Por fim, a fixação do material e seu tempo de espera para análise (o tempo ótimo de fixação, dependendo da espessura do material, varia de 6 a 24 horas) são os últimos procedimentos antes de o material estar pronto para ser analisado por meio dos equipamentos ópticos de ampliação de imagens.

Não tem como negar que um trabalho minucioso como esse reduz erros, taxas de retorno (volta dos pacientes apresentando os mesmos sintomas, sem diagnóstico exato) e colabora para o alcance da excelência em cuidados voltados para a saúde. Isso é ainda mais verdade se for utilizado em conjunto com sistemas de gestão hospitalar baseados em Business Intelligence.

 

Como está o cenário da anatomia patológica no país?

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, por meio de informações divulgadas por força de um estudo realizado recentemente, o país tem hoje apenas 1.617 especialistas na área, explicando o fato de alguns hospitais brasileiros ainda não direcionarem recursos para o setor. Mas deveriam.

Os dados colhidos em análises de tecidos, órgãos e materiais cirúrgicos são valiosos e podem ser enviados diretamente para um sistema de gestão hospitalar que tenha familiaridade com módulos de mineração de dados (data mining), que se baseia no tratamento algorítmico de variáveis, incumbindo-se de cruzar informações diversas dos pacientes, identificando padrões e gerando insights fundamentais a respeito da organização do fluxo de trabalho, da compreensão antecipada de possíveis eclosões epidêmicas, do aumento na demanda por determinados medicamentos e assim por diante. Os dados das pesquisas de anatomia patológica podem também ser usados para encontrar padrões por meio de ferramentas de indexação de laudos, facilitando a compreensão de tumores metastáticos, por exemplo.

Os benefícios são intermináveis e certamente auxiliam também na árdua busca pelas mais importantes acreditações e certificações do setor. Aí entram a ONA, responsável por coordenar o processo para acreditação de serviços e programas de saúde no território nacional, e o CAP, programa de acreditação de laboratório mais importante, na prática de patologia e medicina laboratorial em todo o mundo.

Entretanto, o grande desafio dos hospitais brasileiros na atualidade é conseguir conjugar análises clínicas e sistemas de saúde de alto impacto. A anatomia patológica, se combinada com soluções de TI em saúde focadas no processamento de dados, pode ser o ponto inicial de uma mudança radical na performance de qualquer instituição. Credibilidade, confiabilidade, precisão e rapidez são virtudes que não têm preço. Definitivamente vale a pena acelerar diagnósticos por meio dessa área médica ainda subutilizada nacionalmente.

Aproveitando o ensejo, já que estamos tratando da extremamente bem-sucedida parceria entre ciência (anatomia patológica) e Tecnologia da Informação, que tal continuar aprofundando seus conhecimentos na área de performance hospitalar, descobrindo agora como a tecnologia pode ser aliada na gestão das instituições de saúde? Só não se esqueça de, antes, compartilhar nosso conteúdo em suas redes sociais, ok?

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