Conheça 3 benefícios que o aprendizado contínuo traz para a gestão em Saúde

Conceito lifelong learning, ou "aprender por toda a vida", remete ao futuro da formação tradicional e se torna fundamental para manter instituições e colaboradores competitivos no mercado

Conheça 3 benefícios que o aprendizado contínuo traz para a gestão em Saúde

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Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, o conceito de aprendizado tradicional se modifica. Assim, conhecimentos adquiridos por vias convencionais, como universidades e especializações, tornam-se insuficientes e até mesmo ultrapassados, como aponta o estudo "Future Humans – Changing lifestyles, rising opportunities", do UBS, um dos maiores bancos de investimentos do mundo. O documento deixa claro que: "A universidade não é mais o ponto final da aquisição de competências, pois a necessidade de aprender se estenderá até a aposentadoria".

Essa mudança é válida para todos os campos de estudo, incluindo o aprendizado voltado para a gestão em Saúde. O especialista ressalta 3 benefícios que o aprendizado contínuo pode trazer para a gestão em Saúde. Saiba mais:

Para Cunha, é inerente à Saúde o aprendizado constante, seja para um médico especialista ou mesmo das áreas correlatas, como enfermagem. É preciso, antes de tudo, que a instituição estimule o discurso do aprendizado contínuo mesmo para aquele profissional que já possui o hábito de se atualizar constantemente, para ele entender que o conceito é mais amplo do que a própria área de atuação.

"É preciso compreender que o aprendizado contínuo não se limita à área de especialização, mas engloba todo o contexto em que o especialista está inserido, incluindo gestão de pessoas, processos, a forma como a instituição se relaciona com clientes", ressalta.

Tendo isso em mente, tanto o profissional quando a instituição para a qual ele presta serviço saem ganhando, porque os conhecimentos trazem melhorias para a gestão de Saúde como um todo. Treinamentos são essenciais para garantir que profissionais usem todo o potencial tecnológico disponível para o atendimento e a realização de tarefas diárias, contribuindo, assim, para alcançar o máximo da Saúde Digital.

"Usuários bem treinados utilizam melhor os sistemas, o que diminui o risco de interrupção do atendimento porque alguém não sabe como executar uma tarefa", explica Cunha, ressaltando que treinamentos também diminuem dúvidas enviadas ao setor de suporte sobre o uso de tecnologias.

"O treinamento proporciona continuidade do serviço."

"Hoje, o conceito de 'estar formado' não existe mais. Não é porque a pessoa finalizou uma graduação, um mestrado e até mesmo um pós-doutorado que está pronta", afirma Júlio Cunha, CEO da Edubrix e gerente interino da Universidade MV.

"Acredito que uma das maiores provas disso foi a pandemia: ninguém estava preparado e ninguém tinha estudado para isso."

A afirmação de Cunha remete ao conceito conhecido no inglês como "lifelong learning", que significa "aprender por toda a vida", em tradução livre, e remete aos estudos e atualizações que devem se tornar um processo constante.

Para uma gestão em Saúde eficiente e garanta sustentabilidade ao negócio, as lideranças devem criar e estimular uma cultura pró-aprendizado contínuo, para que todos os colaboradores estejam dispostos a aprender sempre.

"Quando [o aprender para a vida toda] vira hábito, também se torna parte da cultura da organização", afirma Cunha. Estimular o engajamento é pré-requisito para que essa cultura funcione.

"Adulto só se abre para o aprendizado quando quer. Se, porventura, esse adulto acreditar que não irá ganhar nada com isso, e não digo apenas em termos financeiros, mas também em benefícios para algum aspecto da vida dele, ele não irá mudar seu comportamento."

Como consequência desse conhecimento aplicado no dia a dia, o paciente recebe uma assistência de excelência e, por sua vez, sai mais satisfeito — trazendo ganhos para a gestão em Saúde na totalidade, ressalta Cunha.

Todo esse conhecimento também amplia, em última instância, a retenção de colaboradores na corporação, porque o funcionário percebe haver investimento em sua capacitação e melhoria contínua.

"Investir em conhecimento, por vezes, é mais forte que o fator remuneração na retenção de um colaborador, porque o profissional sabe que, no médio prazo, o treinamento o valoriza perante o mercado", pontua o especialista. 

Nem todo retorno financeiro é obtido através de investimentos em tecnologia, infraestrutura, aumento no número de leitos ou contratação de médicos. Investir em conteúdos mais abrangentes é essencial para endereçar diferentes necessidades das instituições de Saúde.

"Equipes mais capacitadas, e de forma permanente, trazem uma qualidade assistencial maior e, consequentemente, melhor resultado financeiro", aponta.

Como exemplo dessa afirmação, Cunha destaca um programa da Universidade MV que auxilia colaboradores a entender o que precisam fazer dentro de seus escopos para acelerar o ciclo de receitas de um hospital e diminuir, assim, o número de glosas, por exemplo — dois fatores que são desafios constantes da gestão hospitalar.

Tudo o que é cadastrado, do momento em que o paciente passa pela recepção, ao técnico de enfermagem, até o médico, precisa ser registrado da forma correta, o que, consequentemente, promove sustentabilidade ao negócio da Saúde.

"Boa parte dos percentuais de glosa ocorrem devido à falta de informação, o que está diretamente atrelado ao comportamento dos profissionais, que deixam de preencher ou informar corretamente porque não veem valor, ou não entendem o impacto que essa falta pode causar", argumenta Cunha, reforçando que esse tipo de conhecimento não se aprende na faculdade.

Para Cunha, as iniciativas de aprendizado contínuo na gestão em Saúde trazem retornos de longo prazo para a instituição — que vê o retorno financeiro sobre o investimento —, para o paciente — que recebe uma assistência de excelência —, e para o sistema de Saúde como um todo, que se torna mais eficiente e sustentável.

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