Especial #4: a transformação digital na medicina diagnóstica

Uso de softwares exclui necessidade de filme radiológico para imprimir exames e torna laudo médico mais preciso

Especial #4: a transformação digital na medicina diagnóstica

Enxergar o corpo humano sem a necessidade de cirurgias. O diagnóstico por imagem é em si uma importante evolução tecnológica, que representou avanço na forma como as doenças são diagnosticadas. A atual transformação digital vivenciada pelas organizações de saúde, no entanto, vai muito além de ver estruturas como ossos, órgãos, veias e artérias. Ela permite que, com o uso de softwares e equipamentos médicos, exames de raio-x, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom, entre outros, sejam ampliados, reconstruídos em 3D e analisados via computador, sem a necessidade do filme radiológico.

A era digital na medicina diagnóstica significa melhor qualidade na imagem, maior produtividade tanto do médico quanto no controle de processos, mais segurança ao paciente e uma gestão estratégica. Tudo isso pelo uso de softwares que permitem a criação de indicadores, o armazenamento de histórico médico e até mesmo a elaboração de laudos a distância, sem a necessidade da presença física do profissional.

Deixar de usar equipamentos analógicos reduz impactos no meio ambiente, já que eles funcionam com uma placa de fósforo, conhecida como CR, que gera o filme entregue nos exames — materiais altamente poluentes. Após entregues, ainda arriscam ser perdidos pelo paciente, que, nesse caso, precisaria repetir os exames, gerando retrabalho. Com a digitalização do setor, o exame de imagem foi armazenado digital ou eletronicamente, o que permite excluir a impressão dos filmes — processo altamente custoso.

Essas imagens podem ser armazenadas no Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and Communication System — PACS, na sigla em inglês) e impressas somente a partir da solicitação da pessoa. Essa mudança na forma de trabalhar incorre em uma maior produtividade do médico, além de uma maior agilidade nos processos, porque, ao ter o histórico de imagens do paciente, o profissional consegue precisamente saber onde parou o tratamento e dar continuidade a ele ou modificá-lo de forma mais assertiva. 

 

Integração

As funcionalidades do PACS podem ainda ser integradas ao Sistema de Informações de Radiologia (Radiology Information System — RIS), software que automatiza o fluxo de uma clínica de medicina diagnóstica, o que permite radiologistas importarem templates de laudos conforme a especialidade.

Além disso, a integração das ferramentas facilita o gerenciamento das imagens, tornando-o mais acertado ao ser combinado a outros dados clínicos do paciente. O PACS permite que os dados sejam cruzados e que as imagens geradas pelos equipamentos de exames possam ser manipuladas mesmo a partir de acesso remoto.

O RIS pode ser acessado pela internet, a partir de qualquer lugar, e é compatível com diferentes sistemas de gestão. Pode ainda ser integrado ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que substitui as prescrições e os pedidos de exame em papel e permite que todos os dados dos usuários fiquem armazenados em um só lugar. 

O uso das duas ferramentas permite ainda um laudo mais preciso, já que o médico radiologista também tem acesso ao histórico de saúde do paciente, além de analisar a imagem do exame. Com isso, os resultados se tornam menos suscetíveis a erros e tendem a sair com mais agilidade.

 

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