Exames PET CT e RM: o que são e quando usá-los na medicina diagnóstica?
Os avanços na tecnologia médica têm conduzido a área a uma nova perspectiva em diagnóstico e tratamento de doenças. Com o suporte de novidades da TI transpostos para a saúde, equipamentos de diagnóstico por imagem passaram a dialogar melhor entre si.
Assim, muitos exames que eram realizados em múltiplos aparelhos, agora são integrados em uma única plataforma, oferecendo diagnósticos mais precisos por meio da observação simultânea de aspectos clínicos diferentes.
É o que vem acontecendo, por exemplo, com os exames feitos pela combinação entre PET-Scan e Tomografia Computadorizada (CT) ou Ressonância Magnética (RM) — os chamados PET CT e PET RM. Mas você sabe exatamente o que é e quando usar cada um? Conhece os benefícios que essas tecnologias podem trazer para seu fluxo de trabalho? Acompanhe nosso post de hoje e descubra!
A convergência de recursos na saúde
A confluência entre equipamentos complementares é um caminho sem volta na saúde, a remodelar por completo todo o fluxo de trabalho nos centros de medicina diagnóstica, não só no Brasil como no mundo.
Dentre as inúmeras aplicações clínicas dos exames PET CT e PET RM, por exemplo, destaca-se o excelente trabalho na detecção de patologias oncológicas, de disfunções neurodegenerativas e cardiovasculares. A visão global das condições clínicas do paciente, proporcionada justamente pelo diálogo entre equipamentos, garante um diagnóstico precoce de diversas condições, bem como facilita a escolha do tratamento mais adequado e permite um melhor acompanhamento do paciente.
A abordagem metabólica do PET
O PET é uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite o mapeamento completo de substâncias químicas no organismo. Sua utilidade se dá principalmente no monitoramento dos níveis de glicose nas células, fonte de energia imprescindível para o processo de reprodução celular. E é justamente a esse ponto que os profissionais da área devem estar mais atentos.
Ter clara visualização do metabolismo celular é fundamental no processo de avaliação de metástases, uma vez que a grande maioria das células tumorais apresenta alto uso de glicose em comparação com células normais. Para esse exame, portanto, costuma-se injetar uma pequena quantidade de glicose radioativa no paciente, posicionado confortavelmente no equipamento, com a instrução de não se mover — se preciso, ele pode até ser sedado. Entre 25 e 35 minutos, o organismo será escaneado, buscando qualquer concentração desproporcional de glicose em determinadas células.
Essa avaliação metabólica é parte do caminho para diagnosticar com precisão a presença de células tumorais, disfunções cardiovasculares e condições neurológicas particulares, como epilepsia ou indício de Alzheimer. O detalhe é que, especialmente na Oncologia, só o PET não oferece assertividade o bastante para confirmar sem sombra de dúvida a presença de um câncer. É aqui que entram a CT e a RM.
O complemento da CT e da RM
Enquanto o PET se ocupa com as alterações funcionais do organismo, a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética se encarregam de trazer dados mais objetivos à avaliação clínica, como o registro de imagens da anatomia celular.
Na prática, a RM e a CT tem funções semelhantes. Entretanto, a dose de radiação chega a ser até 80% menor no PET RM que nos exames PET CT. Além disso, a espectroscopia por RM consegue identificar com maior acuidade se um tecido é maligno ou benigno, além de oferecer ao médico um perfeito detalhamento anatômico das células — sobretudo as cerebrais.
As vantagens da integração dos exames
Como você pôde ver até agora, os equipamentos citados oferecem 2 faces de um mesmo diagnóstico. Sem a integração, o paciente pode ter que realizar múltiplos exames em dias diferentes. Por si só, a divergência entre períodos de coletas de imagem já pode impor mudanças (ainda que sutis) no diagnóstico — até porque, muitas vezes, os diversos exames são avaliados por médicos diferentes. Os inúmeros exames também representam perda de tempo do paciente e de produtividade do centro de medicina diagnóstica.
Com um sistema que integre essas tecnologias, o paciente faz uma avaliação completa de uma única vez. Assim, o médico responsável tem acesso a mais informações, enriquecendo seu campo de dados clínicos para o diagnóstico. Além disso, de posse de uma solução para gerenciamento de laudos, por exemplo, é possível analisar os dados até fora do hospital, ampliando a produtividade dos profissionais e encurtando o tempo de repasse dos resultados aos pacientes.
O PET-Scan avalia o metabolismo das lesões, detectando mudanças na reprodução celular antes mesmo que a anatomia das células seja afetada de forma visível pela TC ou pela RM. Já a RM e a CT fornecem uma visão clara sobre a forma dos tecidos, suas dimensões, densidades e outras características físicas que completam os conhecimentos trazidos pelo PET. Isso sem contar que a interligação garante:
Na Neurologia
O PET CT e RM conjuga a avaliação das formações neurais com a atuação das substâncias químicas no cérebro, assegurando o recebimento de informações fundamentais sobre traços indicativos da doença de Alzheimer, sua diferenciação de outras formas de demência, epilepsia e demais disfunções neurológicas.
Na Oncologia
- Detecção precoce: Evita procedimentos invasivos desnecessários, por meio de uma visão global e segura da atividade celular do paciente;
- Acompanhamento da terapia escolhida: A possibilidade de verificação periódica das alterações metabólicas no indivíduo, em consonância com o acompanhamento das mudanças físicas celulares, permite que os profissionais mudem um tratamento que não esteja gerando o resultado esperado antes do surgimento de efeitos colaterais;
- Conhecimento da extensão dos tumores: Os exames PET CT e RM são extremamente sensíveis à presença de células tumorais, com a verificação completa do organismo do paciente oferecendo um quadro sistêmico de multiplicações celulares suspeitas e maior clareza nas formas de tratamento mais adequadas.
Em um setor que vem enfrentando dificuldades e necessidade de racionalização de custos e ampliação da produtividade, contar com sistemas informatizados que integrem equipamentos, permitam o trabalho com imagens digitalizadas, disponham de versão mobile para análise de laudos fora do hospital, automatizem a lista de trabalhos nos equipamentos biomédicos e apresentem a possibilidade de emissão de laudos por reconhecimento de voz é absolutamente fundamental.
A melhor notícia é que, com o surgimento do modelo de Software como Serviço (SaaS), o acesso a toda essa tecnologia não é mais privilégio apenas dos gigantes do mercado. Por meio de um serviço de assinatura, é possível implementar todos esses recursos em seu centro de medicina diagnóstica a baixo custo, inclusive integrando procedimentos — como o PET CT e RM.