O futuro da TI em Saúde: transformação digital, gestão e eficiência

Os últimos anos foram decisivos para mudança de mentalidade gerencial e a tendência é de novas revoluções para todos os players da cadeia

O futuro da TI em Saúde: transformação digital, gestão e eficiência

Os últimos 30 anos foram decisivos para a evolução da Tecnologia da Informação (TI) — o que impulsionou o desenvolvimento de diversos setores da economia, como a Saúde. Como resultado, houve uma invasão de tecnologia em todos os atores do segmento:

  • Gestão hospitalar;
  • Operadoras;
  • Centros de medicina diagnóstica;
  • Clínicas médicas;
  • Saúde Pública.

Hoje, com a transformação digital, já se pode falar em instituições totalmente sem papel e interoperabilidade entre players. Para o futuro, a tendência é que a Internet das coisas (IoT) ganhe cada vez mais espaço.

Inteligência artificial também tem um papel importante: ferramentas correlacionam bases de dados com o perfil específico do paciente e conseguem acertar, com mais de 95% de precisão o diagnóstico de uma doença. Novas tecnologias trazem mudanças profundas na gestão de negócios, uma delas é a visão ampla e integralista da Saúde, que nada mais é do que o fim dos silos.

Esses silos podem estar tanto dentro de uma mesma instituição — departamentos que não conversam entre si — quanto entre diferentes players — como no caso de operadoras e hospitais, com interesses absolutamente distintos em seus modelos de negócios.

Ubirajara Maia, diretor corporativo de sistemas da MV, explicou no webinar transmitido durante a Semana da MV — evento virtual realizado entre 18 e 20 de julho, em comemoração aos 31 anos da MV.

“As tecnologias que temos atualmente, não conseguem nos dar um poder de decisão rápido. Nesse aspecto a IA consegue cruzar esses dados. Com o cruzamento de dados conseguimos fazer com que a máquina aprenda mais rápido e até tome algumas decisões”.

Para o CIO do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Jacson Barros, que também participou da Semana da MV, um dos desafios para a tecnologia é que a evolução não considerou as pessoas que teriam que usar as ferramentas.

“As novas tecnologias, sejam elas quais forem, precisam estar alinhadas a uma transferência de conhecimento do uso dessas tecnologias. Anos atrás, quando, junto com a MV queríamos aplicar um sistema de checagem de medicamentos nas farmácias com tablet os funcionários ficaram desesperados por não saberem usar o aparelho, mas hoje em dia se tornou uma coisa comum”, esclarece.

 

Relação operadora/prestadora

As novas tecnologias, sobretudo a IoT e IA, impactam diretamente na relação entre as operadoras e prestadoras, que terão uma gama maior de dados. Isso permitirá novos modelos de Saúde, como o baseado no conceito da medicina 4P — conceito discutido desde 2010 no mundo que prevê uma medicina baseada em:

  • Preditividade;
  • Prevenção;
  • Participação;
  • Personalização.

 

Trabalho médico

A atuação do médico também deve ser modificada ao longo dos anos. Para Ronaldo Cristiano Pratti, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e doutor em ciências da computação e matemática computacional, a IoT facilitará o acompanhamento dos pacientes, o que deve antecipar possíveis doenças e tratamentos.

"Com a popularização de dispositivos vestíveis, médicos poderão ter acesso a informações do paciente em tempo real com um dispositivo que monitora a pressão arterial 24 horas por dia, por exemplo. Nos próximos anos, esses dispositivos tendem a ficar mais inteligentes e com a sua popularização, será possível criar bancos de dados que podem ser usados para criar modelos do estado físico/médico das pessoas”, esclarece. 

 

Descoberta de doenças

Para o coordenador adjunto do curso de medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Fernando Teles de Arruda, o diagnóstico será beneficiado.

”Hoje, com um exame de sangue, conseguimos analisar cerca de 2 mil possíveis problemas com o avanço das pesquisas, esse número vai chegar a 20 mil. A pesquisa em medicina molecular, com células-tronco, já está avançada e deve chegar ao mercado. Além de novos medicamentos que surgem, cada vez com mais tecnologia envolvida. Tudo isso com os grandes estudos, que chamamos de Big Trials.”

 

Profissionalização

Nos próximos cinco anos, a tendência é a governança corporativa, segurança do paciente e análise e gestão de risco, explica Arruda. O coordenador da USCS também é taxativo ao afirmar que, com cada vez mais tecnologia, mais será exigido dos líderes em Saúde.

"A profissionalização da gestão ser; a cada vez mais exigida”, explica.

Com muitos aparatos de TI em Saúde, focado no paciente e com forte gestão hospitalar: é isso o que pode se esperar para o setor da Saúde do futuro

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