O impacto econômico-financeiro do PACS
A revolução tecnológica ocorrida nos últimos 20 anos permitiu à indústria da saúde se modernizar e tratar de maneira eletrônica tarefas específicas do setor, desde o agendamento e cadastro do paciente até a execução dos exames e emissão de laudos.
Embora seja um dos setores que mais se beneficiou com o advento da tecnologia, as instituições de saúde ainda descobrem os impactos que elas têm no seu dia a dia.
Como a utilização em grande escala de sistemas digitais tem aumentado substancialmente no setor, principalmente na radiologia, em meados dos anos 90 foi criado o sistema PACS (Picture Archiving and Communication System – Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens).
Trata-se de um sistema que lida com a digitalização, pós-processamento, distribuição e armazenamento de imagens médicas. Sua principal função é facilitar a troca de informações entre médicos e prover fácil acesso a exames de imagem.
A implantação do sistema PACS em uma instituição de saúde surge, sobretudo, da necessidade de ter ferramentas que auxiliem na gestão do serviço e das informações médicas dos pacientes.
Além de acabar com a limitação oferecida pelos relatórios de atividades e econômico-financeiros — que antes exigia uma migração entre sistemas para visualização das imagens — a integração de sistemas ao PACS possibilita o gestor reduzir os custos, aumentar a eficiência operacional e diminuir o tempo de espera do paciente.
Também permite ter um registro único de cada paciente, com acesso universal a seus dados, e redução do impacto ambiental causado pela utilização do filme e reveladores químicos. Por fim, trata-se de um passo a mais rumo ao futuro da telemedicina.
Definido por um consórcio integrado pela American National Association of Electric Machines (NEMA), Radiology Society of North America (RSNA) e um conjunto de empresas e universidades dos Estados Unidos, um PACS deve oferecer visualização de imagens em estações de diagnóstico remotas, armazenamento de dados para recuperação em curto ou longo prazo e comunicação via redes locais, expandidas ou via serviços públicos.
Combinado com os Sistemas de Informação em Radiologia (Radiology Information System, RIS) e de Informação Hospitalar (Hospital Information System, HIS), forma a base para um serviço de radiologia sem filme (filmless) e totalmente digital.