Operadora de Saúde: farmácias próprias como estratégia de relacionamento com beneficiários

Modelo permite à organização acompanhamento mais próximo do tratamento, facilitando a gestão assistencial da prescrição e ampliando a satisfação e segurança do atendimento

Operadora de Saúde: farmácias próprias como estratégia de relacionamento com beneficiários

Visando fidelizar o beneficiário, ampliar a qualidade do atendimento e reduzir custos, a gestão de operadoras de Saúde opta, cada vez mais, por manter farmácias comerciais próprias. Essa estratégia, que está ligada diretamente à verticalização, é adotada no Brasil principalmente pelo Sistema Unimed — que possui 93 unidades do tipo. Elas atuam como instrumento de gestão, gerando um indicador de relacionamento com os beneficiários.

As farmácias próprias permitem o acompanhamento mais próximo do tratamento dos beneficiários, identificando a quantidade e recorrência da compra de medicamentos. No caso de uma população controlada de hipertensos, por exemplo, pode-se criar programas de atenção que vão além de exames e consultas de rotina. A operadora de Saúde sabe a quantidade exata e a data em que o beneficiário adquire o remédio, por isso, identifica se a prescrição médica está sendo seguida em tempo real. Com um sistema de gestão é possível, inclusive, criar alertas imediatos para esse tipo de situação.

A gestão da operadora de Saúde também atua na prevenção à automedicação, hábito ainda muito comum entre os brasileiros. Todo e qualquer medicamento adquirido pelo beneficiário é registrado no sistema e, automaticamente, gera um alerta caso ele não tenha passado por uma consulta prévia.

 

Relacionamento

A farmácia própria também é utilizada pela gestão de operadoras de Saúde como uma estratégia para ampliar a satisfação do beneficiário. Com um sistema de gestão de relacionamento com o cliente (Customer Relationship Management - CRM), o modelo coleta informações sobre o usuário que podem ser trabalhadas por ferramentas de inteligência de negócios. Elas traçam o perfil de cada indivíduo, suas preferências e pontos de melhoria, medindo a satisfação com cada etapa do atendimento.

O modelo também permite o aprimoramento de programas de medicina preventiva e a aproximação da realidade local, com estratégias personalizadas para cada localidade onde a farmácia é instalada.

Por fim, quando em operação e informatizada, a farmácia própria ainda facilita o cumprimento da obrigatoriedade legal da rastreabilidade, prevista pela Lei 11.903, que criou o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). Conforme o Conselho Federal de Farmácia (CFF), rastreabilidade é a identificação da origem do produto, desde as matérias-primas utilizadas, processo de produção e distribuição no mercado até o consumo.

Segundo Sávio Fujita Barbosa, coordenador do curso de farmácia e de estética e cosmética da Universidade Metodista de São Paulo, o monitoramento proporcionado pelo modelo traz desde agilidade no processo de dispensação, com a baixa do estoque online, até, no caso das farmácias próprias, o acompanhamento do pós-compra.

“Com um sistema automatizado, a gestão de operadoras de Saúde tem acesso ao histórico do lote do medicamento desde o recebimento até o momento em que é utilizado pelo beneficiário. Além disso, consegue bloquear a dispensação de lotes interditados ou vencidos e levantar o histórico dos produtos adquiridos por cada cliente.”

Com essa estratégia, a operadora de Saúde deixa de ser somente autorizadora e pagadora de serviços e tem mais controle sobre a saúde do beneficiário. Com a informação assistencial integrada e o acompanhamento mais próximo do tratamento e das condições de cada indivíduo, pode-se prevenir doenças e agravos e tomar decisões melhores nos diagnósticos futuros.

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